Curitiba faz racionamento de água a partir de sexta-feira

Esta é a pior seca que o Estado do Paraná enfrenta nos últimos 75 anos

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Por Agencia Estado
Atualização:

Cerca de 1,8 mil moradores de Curitiba e da região metropolitana deve começar a sentir o racionamento de água a partir da próxima sexta-feira. A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) dividiu os municípios em sete grupos. Cada um terá o corte por 26 horas, começando às 14 horas e terminando às 16 horas do dia seguinte. Mas, em cada região, a normalização do fornecimento nas áreas mais altas pode se estender até as 22 horas. De acordo com o diretor de operações da Sanepar, Wilson Barion, o racionamento não tem prazo determinado, mas espera-se que em 45 ou 60 dias as chuvas da primavera reponham as águas dos reservatórios. A represa Piraquara, uma das que abastecem Curitiba, está fechada desde o dia 27, mas conseguiu-se um acréscimo de apenas 1 centímetro. A represa do Iraí tem suportado parte da demanda e, no mesmo período, baixou 10 centímetros. Para não provocar o colapso, está sendo usada água de represas particulares e de cavas de rios. Os municípios e bairros localizados nas regiões oeste e sul de Curitiba não entraram neste primeiro rodízio, em função de serem abastecidos pela represa Passaúna, que está em boas condições. A Sanepar havia feito insistentes pedidos para que a população cooperasse com uma economia média de 20% no consumo. Conseguiu que o porcentual chegasse próximo de 10%. Agora, com o rodízio, estima-se que o consumo seja reduzido em 15%, o equivalente a 70 mil metros cúbicos por dia. Normalmente são necessários 480 mil metros cúbicos para atender a demanda. Esta é a pior seca que o Estado enfrenta nos últimos 75 anos. Por isso, a Sanepar não descarta que o mesmo sistema de racionamento seja adotado em municípios do interior. De acordo com o Instituto Tecnológico Simepar, o mês de agosto é tradicionalmente de pouca chuva, e não há perspectiva de que haja alteração este ano. Por isso, deve ficar na média entre 50 e 100 milímetros na maior parte do Estado.

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