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Defesa Civil confirma 40 mortes em Minas Gerais

Por Agencia Estado
Atualização:

A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) já confirmou, até a tarde de hoje, a morte de 40 pessoas em decorrência das fortes chuvas que atingem todo o Estado de Minas Gerais, desde o dia 1º de janeiro. Além das mortes, as chuvas deixaram um total de 73 feridos, 1.343 desabrigados e 8.271 desalojados, num rastro de destruição em que 2.456 casas foram levadas pela força das águas ou pelo deslizamento de encostas. As chuvas também provocaram a queda de barreiras em vários pontos das estradas que cortam o Estado e a destruição de 29 pontes. As duas últimas vítimas das chuvas, confirmadas pela Cedec neste domingo, são do interior de Minas Gerais. A primeira de Caratinga, no leste de Minas, a 289 quilômetros de Belo Horizonte. Maria das Graças da Silva Morais, de 55 anos, morreu no início da noite de sábado, no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte, para onde foi trazida com esmagamento das pernas, provocado por desabamento do muro de sua casa. O município de Caratinga, que já havia registrado outras quatro mortes na última semana, é o único do Estado que ainda tem situação de calamidade pública decretada. A 40ª vítima das chuvas é do sul de Minas. O técnico de refrigeração Antônio Luiz Calixto Martins, de 53 anos, que morava em São Paulo e estava passando férias em Minas, foi arrastado pela correnteza do rio dos Franceses, que corta o município de Carvalhos, a 355 quilômetros de Belo Horizonte. Martins, estava desaparecido desde a madrugada de sábado. Seu corpo foi encontrado pelos bombeiros à margem do rio no final da tarde do mesmo dia. A chuva também invadiu casas que ficam próximas à linha de trem que passa pelo município, deixando cerca de 40 pessoas desabrigadas. Em Belo Horizonte morreram 15 pessoas. Em Contagem, na região metropolitana, 10 pessoas. No interior do Estado, as chuvas fizeram outras 15 vítimas fatais. Foram quatro em Ponte Nova, cinco em Caratinga, duas em Juiz de Fora, uma em Manhuaçu, uma em Santa Bárbara do Leste, uma em Itabira e uma em Carvalhos. Em Minas, são 14 os municípios em situação de emergência e outros 22 estão em processo de decretação. Interdição - No final da manhã deste domingo, a pista no quilômetro 561, da BR-116, que liga o Rio de Janeiro à Bahia, cedeu totalmente, interditando o trecho entre os municípios de Realeza, Caratinga e Manhuaçu, na Zona da Mata de Minas Gerais, por 4 horas. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que a cratera tem cerca de 40m de extensão. A PRF desviou o trânsito para a MG-329, em Rio Casca, passando por Raul Soares e Bom Jesus do Galho. Até o final da tarde, o trânsito no quilômetro 561, da BR-116, tinha trânsito precário e apenas os carros de passeio tinham autorização para trafegar. As duas vias de acesso a Ponte Nova, na mesma região, fortemente atingida pelas chuvas no sábado, a 180 quilômetros de Belo Horizonte, também estão interditadas. A rodovia MG-052, que estava sendo usada como alternativa de caminho para o Espírito Santo, não tem data para ser liberada ao tráfego de veículos. Enterro - Também na manhã deste domingo, os corpos das 10 vítimas do deslizamento de uma encosta que atingiu três casas no Bairro Industrial, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, foram enterradas no cemitério da Glória, bairro Flamengo. O acidente aconteceu na madrugada de quinta-feira, quando foram soterradas 12 pessoas de uma mesma família, das quais apenas duas sobreviveram. Foram enterrados os corpos de Carlos do Nascimento, de 33 anos, e Jaqueline do Amaral, de 25 anos, das três filhas, Julie do Nascimento, de 7 anos, Jaqueline do Nascimento, de 9 anos e Jeniffer do Nascimento, de 10, da sobrinha Vanuza Carla Neves, de Natália Amaral Magalhães, de 2 anos, de Gilson Amaral e de sua mãe, Maria da Paixão, e da matriarca da família Rosa Amaral, que era mãe de Maria.

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