Defesa de acusados de Bragança insistirá em 3º suspeito

Após assalto, criminosos queimaram 4 pessoas dentro de carro

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Os advogados Luis Alberto Contessa Campos e Aderico Ferreira Campos vão insistir na tese de suposta existência de um terceiro suspeito na defesa de Joabe Severino Ribeiro e Luis Fernando Pereira, acusados de queimar vivas quatro pessoas após assalto em dezembro de 2006, em Bragança Paulista. "Um segurança do hospital, a primeira pessoa que manteve contato com a Luciana, disse que ela falou que os roubadores seriam quatro", afirmou o advogado de Pereira, Luís campos. A promotora Fabíola Sucasa disse que considera a tese da defesa uma estratégia para ´causar algum tipo de confusão´. "Não há elementos objetos no inquérito policial que apontem a existência de uma terceira ou quarta pessoa no crime". Nesta sexta, o juiz Marco Mattos Sesttini, da 2ª Vara Criminal de Bragança Paulista, ouviu sete testemunhas de acusação e sete de defesa. O Ministério Público abriu mão do depoimento de Renan Rodrigues Alves, que ajudou uma das vitimas no dia do crime. Ao todo, 22 serão ouvidas. Uma nova audiência foi marcada para o dia 6 de março quando a Justiça deve ouvir sete testemunhas - três que compareceram à audiência hoje e três que ainda não foram localizadas. Outra duas irão depor por meio de carta precatória, segundo informou a assessoria do Tribunal de Justiça. O crime e a confissão Após roubarem a loja Sinhá Moça, Joabe Severino Ribeiro e Luis Fernando Pereira seguiram com as vítimas para uma estrada de terra e atearam fogo no carro onde estavam a gerente do estabelecimento, Eliana Faria da Silva, 32 anos, seu marido Leandro Donizete de Oliveira, 31 anos, o filho do Casal Vinicius Faria de Oliveira, de 5 anos, e Luciana Michele de Oleira Dorta. Dias depois do crime, os dois confessaram ter assaltado a loja e ateado fogo no carro com as quatro pessoas dentro. Embora já tivessem confessado a autoria do crime à polícia, Pereira e Ribeiro se recusaram a dar declarações sobre o crime em interrogatório, no dia 23 de janeiro. O encontro com promotores do caso e com o juiz Marcos Mattos Sestini, da 2ª Vara Criminal de Bragança Paulista, durou cinco minutos. Os acusados saíram do Fórum da cidade escoltados pela polícia. Eles são mantidos presos em Tremembé, no Vale do Paraíba. O silêncio, estratégia adotada pela defesa, surpreendeu a Promotoria, que acusa Ribeiro e Pereira por roubo triplamente qualificado e quatro latrocínios. A pena esperada pelo Ministério Público é de 90 anos de reclusão.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.