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Defesa de Pimenta Neves pede anulação do processo

Jornalista teve a primeira derrota na escolha do júri. Foram escolhidos quatro mulheres e três homens. A defesa preferia júri com maioria masculina

Por Agencia Estado
Atualização:

A defesa do jornalista Antônio Marcos Pimenta Neves teve a primeira derrota na escolha do júri que dará o veredicto sobre sua culpa ou não pelo assassinato da também jornalista Sandra Gomide, em agosto de 2000. A composição dos jurados escolhidos é de quatro mulheres e três homens. A defesa pretendia um corpo de jurados com maioria masculina. O advogado de defesa Frederico Müller pediu a nulidade do processo, alegando que a sentença de pronúncia do réu ainda não transitou em julgado. Alegou também falta de acesso a todas a provas do processo e que o assédio da mídia perturbou seu cliente. O pedido ainda será julgado pelo juiz. Pimenta Neves chegou às 8h05 ao fórum para seu julgamento. O processo corre no Tribunal do Júri de Ibiúna, no interior paulista. Ele chegou caminhando sozinho pela praça e depois, já acompanhado por um advogado, entrou pela porta da frente do fórum. Pimenta teve de abrir caminho entre um batalhão de fotógrafos e cinegrafistas, mas não quis falar com a imprensa. Ele entrou em silêncio no fórum, mas ouviu os gritos de "assassino, assassino". Às 8h30, o juiz Diego Ferreira Mendes iniciou o sorteio dos jurados. João Gomide, pai da jornalista Sandra Gomide, assassinada com dois tiros pelas costas em 2000 por Pimenta, chegou um pouco antes, às 8 horas, e entrou pela porta de trás. É a primeira vez que os dois vão se ver desde o crime. "Vamos ver a reação que vai me dar. Pode ser que eu fique muito bom, pode ser que eu fique muito nervoso", disse João. O juiz da 1ª Vara Criminal, Diego Ferreira Mendes, reservou três dias para o júri. O promotor Carlos Sérgio Rodrigues Horta Filho, que atuará na acusação, acredita que o júri dará o veredicto em 2 dias.

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