Defesa dos Cravinhos tenta amenizar culpa de Christian

Advogados argumentam que Christian não deve ser condenado pela morte de Manfred e que Daniel foi induzido por Suzane, verdadeira mentora do crime

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Por Agencia Estado
Atualização:

Após o intervalo para o almoço, a quinta e provavelmente última sessão do julgamento de Suzane von Richthofen e dos irmãos Daniel e Christian Cravinhos, réus confessos do assassinato dos pais dela, Manfred e Marísia, foi retomada às 15h54, com a argumentação da defesa dos Cravinhos. Os principais argumentos dos advogados Geraldo e Gislaine Jabur foram que Suzane planejou o crime e induziu Daniel a cometê-lo e que Christian só deve ser condenado pela morte de Marísia. Após uma série de agradecimentos e explicações de Jabur, a advogada Gislaine tomou a palavra e defendeu Christian Cravinhos. Ela tentou convencer os jurados de que o rapaz deve ser condenado apenas pela morte de Marísia, não pelo planejamento do assassinato do casal, tampouco pela morte de Manfred. Para ela, o rapaz foi inocente ao comprar uma moto com parte dos dólares retirados da casa dos Richthofen. Ela ainda se baseou no laudo de autópsia, que indicou a morte por traumatismo craniano, para provar que não ouve a intenção de Christian de asfixiar a vítima. Na seqüência, Jabur voltou a falar e expôs seus argumentos sobre Daniel. Ele insistiu em dizer que o jovem foi induzido por Suzane, a verdadeira mentora do crime. "O Daniel se envolveu nas mentiras, mas independentemente precisa ser condenado, não agiu com premeditação ao atender sua amada". O advogado inclusive comparou a jovem a Bia Falcão, personagem de Fernanda Montenegro na novela da Globo Belíssima. Na trama, a personagem planeja um enorme esquema para conseguir uma fortuna. O advogado também discorda da tripla qualificação do crime. Para Jabur, não houve meio cruel nem motivo torpe. Ele apenas concorda com a falta de possibilidade para defesa das vítimas. Há uma qualificadora que não vou discutir, que é possibilidade de defesa da vítima", disse. Pela manhã, a promotoria usou três horas para defender que os réus merecem ser condenados por duplo homicídio triplamente qualificado. Suzane, Daniel e Christian confessaram ter planejado e matado os pais dela a golpes de barra de ferro, na casa em que a família vivia, em outubro de 2002. Os três foram denunciados pelo Ministério Público por crime de duplo homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas. Após a defesa dos Cravinhos, tomará a palavra a defesa de Suzane, que continuará com a versão da moça rica, virginal, obcecada pelo então namorado interesseiro e envolvida na trama por ele. A expectativa é que a sentença seja proferida na madrugada de sábado. Ampliada às 17h12

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