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Defesa espera provar inocência de juiz exibindo vídeo

Por Agencia Estado
Atualização:

A defesa do juiz Marco Antônio Tavares, de Jacareí - acusado de assassinar a mulher em 1997 -, exibirá no julgamento do magistrado, nesta quinta-feira, o vídeo de uma entrevista feita por uma emissora de TV em que um delegado aparece supostamente tentando convencer uma testemunha a reconhecer o corpo de Marlene Aparecida de Moraes Tavares. A defesa sustenta que o corpo encontrado não é de Marlene, apesar do laudo odontológico e do reconhecimento feito no dia do crime. A exibição do vídeo foi autorizada pelo relator do processo, desembargador Maurílio Gentil Leite. Por ser juiz, Tavares será julgado pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça - composto pelos 25 desembargadores mais antigos. Após a fala da acusação e da defesa (ambos têm uma hora cada, com possibilidade de prorrogação por mais 30 minutos), o relator do processo dará seu voto pela condenação ou pela absolvição. Depois, vota o revisor do processo, desembargador Mohamed Amaro. Os demais desembargadores também poderão fazer uso da palavra para votar. Se for condenado, o juiz sairá preso do TJ. O advogado da família de Marlene, Mario de Oliveira Filho, que atuará como assistente de acusação, criticou a tese da defesa. "É uma ofensa à inteligência dos desembargadores." A advogada do juiz, Tânia Nogueira, rebate: "Ofensa é reconhecer um cadáver pelo esmalte e pelas unhas do pé". O assassino raspou as digitais da vítima.

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