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Delegada não tem pistas do estuprador de 9 mulheres

Por Agencia Estado
Atualização:

A polícia de Franca, na região de Ribeirão Preto, investiga a ação de um estuprador que ataca moças que moram sozinhas, muitas delas universitárias, há cerca de dois anos. Desde 2000, nove casos foram registrados na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), mas podem existir outros estupros que não foram comunicados à polícia. O que mais intriga a polícia é que o homem não deixa pistas: invade as residências das mulheres em silêncio, ataca pelas costas (evita a identificação e um possível retrato falado), age no escuro, usa preservativo (para evitar que o sêmen seja analisado pela perícia) e luvas. Algumas informações, ainda mantidas em sigilo, no entanto, podem levar o estuprador à prisão em breve. A delegada Graciela de Lourdes David Ambrosio, da DDM, diz que não será fácil prendê-lo, pois o estuprador é cauteloso e estuda todos os hábitos das vítimas. Outras dificuldades são as informações das próprias mulheres, que, ameaçadas pelo agressor, se retraem diante do fato ocorrido, além de terem medo da exposição. Segundo a delegada, no último caso, ocorrido no dia 17, no Centro, a vítima só registrou a ocorrência às 16 horas, sendo que o ataque foi durante a madrugada. Ela foi convencida pela namorado e por um investigador a relatar o estupro. O primeiro caso deste ano ocorreu em 26 de maio. Em 2000, houve um estupro; no ano passado, outros seis. Além das informações mais específicas, não divulgadas, que podem levar à identificação do estuprador, os dados citados pelas vítimas são vagos: o homem é magro, 1,75 m. A delegada Graciela, que investiga se há relação entre todos os casos, diz que montou um esquema de ação e está contatando novamente as vítimas para obter mais detalhes. O estuprador sempre esperava as vítimas chegarem em casa após arrombar portas ou janelas. Mas também usa outra técnica, possivelmente uma chave especial, que não deixa vestígios. A divulgação do fato criou, ainda, os aproveitadores de ocasião, que abusam do medo das garotas para assustá-las nas ruas.

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