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Delegado de AL é autuado por homicídio culposo

Por Agencia Estado
Atualização:

O delegado de Polícia Civil de Alagoas, Jobson Cabral, irmão do vereador e candidato ao governo do Estado nas eleições deste ano, Judson Cabral (PT), foi autuado nesta segunda-feira por homicídio culposo, acusado da morte da enfermeira Fátima Maria Soares, de 36 anos. Ela foi atingida por um tiro de pistola 3.80, deflagrado pelo delegado, que estava perseguindo o servente Antonio Carlos da Silva, de 21 anos. Este, horas antes, havia assassinado a tiros o desempregado Wilson Gomes da Silva, de 21 anos. A tragédia aconteceu na última sexta-feira à tarde, no bairro da Serraria, na periferia de Maceió. A enfermeira estava sendo mantida como refém por Antônio Carlos, que havia invadido a sua residência logo após a perseguição policial, comandada por Jobson Cabral. Segundo o delegado, o tiro foi disparado de forma acidental, quando o assassino do desempregado esboçou uma reação, embora já estivesse dominado. O tiro acidental atingiu o rosto da enfermeira, que morreu na hora. Na delegacia, Antônio Carlos disse que, quando o delegado atirou, ele já estava dominado por outro policial. Ele disse também que matou Wilson por vingança. Há dois anos, este teria assassinado seu pai. Um parente da vítima negou essa versão. O desempregado foi assassinado a tiros de revólver calibre 38 quando bebia em um bar no bairro da Serraria. O assassinato foi presenciado pelo delegado Jobson, que almoçava numa churrascaria próxima ao local do crime. O delegado do 4º Distrito Policial, Fernando Arthur, não quis falar sobre as investigações e disse que só se manifesta após a conclusão do inquérito. No entanto, ele adiantou que a morte da enfermeira está sendo apurada como conseqüência da perseguição ao assassino de Wilson Gomes. O delegado aguarda o laudo pericial para saber detalhes da morte da enfermeira, entre eles qual a distância entre ela e o delegado Jobson, na hora do disparo que atingiu o rosto dela. O delegado Jobson Cabral, que trabalhou normalmente na delegacia de Falsificações e Defraudações, disse que não houve negligência policial na perseguição ao assassino. Segundo ele, a morte da enfermeira foi uma fatalidade. ?Foi um tiro acidental, provocado pelo assassino, que estava sendo dominando e esboçou uma reação e bateu no meu braço esquerdo, forçando o disparo da arma?, afirmou Jobson, que vai responder em liberdade mas deverá ser afastado das funções, durante a tramitação do inquérito.

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