Delegado de Praia Grande quer prisão temporária para baderneiros

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Por Rejane Lima
Atualização:

-A Polícia de Praia Grande pretende dificultar a liberação de veículos apreendidos por causa de som alto e pedir que a Justiça conceda prisão temporária de todas as pessoas detidas fazendo arruaça no município. As medidas serão adotadas para evitar que arrastões como os ocorridos na madrugada do dia 1º na orla se repitam. Uma das hipóteses da polícia para o início do tumulto é que veículos com som alto estacionados em local proibido, dificultando o tráfego na orla, tenham motivado o nervosismo da população. O delegado titular de Praia Grande, Justino de Mattos Ramos Júnior, afirma que a ideia será apresentada em breve ao promotor e ao juiz da comarca. "Nós pediremos a prisão temporária imediata de todos os que forem detidos fazendo baderna, arruaça. A dosagem dessa punição ficará de acordo com o entendimento do juiz", disse o delegado, lembrando que, com a conclusão do inquérito policial poderá ser pedida ainda a prisão preventiva do envolvido. "Esse é o risco que os marginais, os baderneiros, estão correndo", completou. De acordo com o delegado, a orientação dada às autoridades policiais e de trânsito é que apreendam todos os veículos em que se constatem excesso de som e dificultem a liberação. "Criaremos toda dificuldade possível para a liberação do carro, que poderá ficar apreendido algum tempo a mais que o normal. Apreendido o veículo, pode ter certeza, os ?mocinhos bonitinhos? que vêm fazer gracinha vão correr o risco de ficar sem o carro até depois do carnaval", disse o delegado. A cidade tem dois decibelímetros para medir os veículos com som acima do permitido pela lei municipal, que estabelece ruído máximo de 104 decibéis para automóveis, 65 para estabelecimentos comerciais durante o dia e 60 durante a noite. Outra lei que deverá começar a ser cumprida em Praia Grande é a que proíbe a venda de bebidas em garrafas de vidro nos quiosques da orla, afirmou o subsecretário de Segurança do Município, José Américo Franco Peixoto. "Isso (a garrafa) é uma arma em potencial, já existe a lei e só precisa ser aplicada", disse Peixoto.

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