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Delegado deixa a Inteligência da polícia

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Por Marcelo Godoy
Atualização:

O delegado Mário Jordão Toledo Leme decidiu deixar o Departamento de Inteligência da Polícia Civil (Dipol), um mês depois de assumir o cargo. Aos 50 anos, Jordão, que foi secretário adjunto da Administração Penitenciária (2002), delegado-geral (2007) e subprefeito da Sé (2007), disse ontem ao Estado que vai se aposentar e trabalhar na iniciativa privada. Antes de assumir o Dipol, Jordão estava na Corregedoria da Polícia Civil, onde chefiou as investigações sobre as denúncias de corrupção feitas pelo delegado Roberto Fernandes. Fernandes entregou à Delegacia-Geral de Polícia e à Corregedoria cerca de 300 páginas de documentos, sete DVDs e dois CDs com imagens sobre o suposto funcionamento de um esquema de arrecadação de propina da máfia do jogo. Em depoimento ao Ministério Público Estadual (MPE), Fernandes afirmou que sofreu represálias por fazer suas denúncias, até mesmo com a abertura de uma investigação contra ele na corregedoria. Jordão ouviu 20 pessoas na apuração do caso e pediu a abertura de inquérito. No entanto, a apuração da corregedoria foi atropelada pela Polícia Federal, pelo MPE e pela Procuradoria da República, que também investigavam o caso e fizeram uma operação em 31 de março, prendendo 26 dos 52 acusados de participação no esquema dos caça-níqueis. Na segunda-feira, o secretário da Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, reuniu-se com o delegado Fernandes e pediu cópias das investigações da corregedoria.

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