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Delegado deve pedir prorrogação do inquérito de Tim Lopes

Por Agencia Estado
Atualização:

O chefe de Polícia Civil, Zaqueu Teixeira, disse hoje que o prazo de conclusão do inquérito que apura a morte do jornalista da TV Globo Tim Lopes, que termina no próximo dia 6, deverá ser prorrogado, caso o exame de DNA dos ossos encontrados no Complexo do Alemão, onde ele foi morto, constate que os restos mortais não eram dele. Para Teixeira, o crime já está esclarecido porque já se sabe quem o cometeu - o traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, e seus comparsas - e já há provas materiais. Segundo ele, há oito indiciados no caso e quatro estão presos. "O material está sendo periciado e a polícia está esperando o resultado (do DNA) para que possa concluir as investigações", afirmou o delegado. Marco Aurélio Rodrigues da Silva, 21 anos, o Marquinho AK, um dos presos sob acusação e envolvimento no assassinato do repórter, negou pertencer ao bando de Elias Maluco, durante depoimento prestado ontem ao delegado Carlos Henrique Machado, da Delegacia de Homicídios. Ele aparece com um fuzil AK-47, de uso exclusivo das Forças Armadas, na reportagem sobre a feira de drogas no Complexo do Alemão feita por Tim Lopes e exibida no ano passado pela TV Globo. Marquinho disse que estava com a arma a pedido de um traficante conhecido como Pirulito, que lhe deu R$ 100 para que ele fizesse a segurança de uma boca-de-fumo por uma semana. Ele responde a inquérito na Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) por associação para o tráfico de drogas e porte ilegal de arma, mas alegou vender frutas num sinal de trânsito para sobreviver. Hoje, a comissão de jornalistas que acompanha o caso de Tim Lopes se reuniu mais uma vez e informou que vai cobrar do Secretário de Segurança Pública, Roberto Aguiar, a retomada das investigações, o resultado do exame de DNA, a prisão de Elias Maluco e o início da ocupação social do Complexo do Alemão. A Fecomércio aderiu ao movimento dos jornalistas, juntando-se à Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro e às igrejas Presbiteriana, Batista e Católica.

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