Delegado pede prisão preventiva de dupla acusada pela morte de cinegrafista

Inquérito foi entregue nesta sexta-feira ao Ministério Público; Caio Silva de Souza e Fábio Raposo foram indiciados pelos crimes de explosão e homicídio doloso

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Por Marcelo Gomes
Atualização:

RIO - O delegado Maurício Luciano, da 17ª DP (São Cristóvão), chegou às 16 horas desta sexta-feira, 14, à sede do Ministério Público do Rio para entregar à promotora Vera Regina de Almeida o inquérito que apurou a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade, de 49 anos. O delegado indiciou o tatuador Fábio Raposo e o auxiliar de serviços gerais Caio Silva de Souza, ambos de 22 anos, pelos crimes de explosão e homicídio doloso (com intenção de matar), qualificado por uso de artefato explosivo.

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Se condenados, cada um pode pegar até 35 anos de prisão. O delegado também requereu a conversão da prisão temporária por 30 dias de ambos para prisão preventiva, a fim de que os dois permaneçam presos até o julgamento.

Como os indiciados estão presos, a promotora tem prazo de cinco dias para analisar o inquérito e decidir se oferece denúncia à Justiça ou se devolve o inquérito à Polícia Civil requerendo novas diligências.

Caso. Caio Silva de Souza foi preso na madrugada de quarta-feira, 12, por envolvimento na morte do cinegrafista Santiago Andrade, no Rio. A polícia chegou a Caio a partir do depoimento de Fábio Raposo, detido por entregar um rojão que acertou Santiago durante protesto no dia 6 de fevereiro, enquanto o cinegrafista fazia a cobertura da manifestação. Santiago ficou internado, mas teve morte cerebral decretada nesta terça, 10. Na quinta-feira, o corpo de Santiago foi velado e cremado no cemitério Memorial do Carmo, no Caju, zona portuária do Rio.

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