
21 de março de 2010 | 00h00
A candidata do partido é a senadora Kátia Abreu (TO), que deixará a presidência da Confederação Nacional da Agricultura no dia 3 de junho, prazo limite para a sua desincompatibilização como dirigente patronal.
Oficialmente a senadora sai para concorrer ao governo do Tocantins, mas o partido a preserva para voo mais alto: se mesmo sem Aécio, o PSDB negar a vice ao DEM, o partido a lança candidata à Presidência já em 2010. O pano de fundo da operação é a sobrevivência da legenda, que sofre uma desidratação eleitoral acelerada desde que virou oposição.
Nos cálculos do DEM a senadora pode alcançar um porcentual de 15% numa campanha nacional, acima de Ciro Gomes e Marina Silva. A conta localiza no interior do País 60% do eleitorado brasileiro e, desse porcentual, 80% são ligados direta ou indiretamente ao agronegócio. O carisma de Kátia Abreu junto a esse público seria indiscutível e, por isso, o partido defende a aliança, que só muda se Aécio voltar atrás e aceitar a vice de Serra.
Com mais quatro anos de mandato, a pior hipótese não existe para a senadora. Se vice de Serra, bem; se candidata solo, faz um recall para a campanha de 2014. De qualquer forma, dá sobrevida ao DEM, que sonha com a incorporação ao PSDB numa eventual vitória de Serra.
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