17 de junho de 2010 | 00h00
O DEM pressiona os tucanos para que anunciem oficialmente que o partido indicará o candidato a vice, mas nem Serra nem Guerra confirmam que essa opção será aceita. A indefinição está irritando o comando do DEM, que decidiu aumentar a pressão sobre o aliado, até porque corre contra o tempo. A convenção do DEM está marcada para o dia 30 e nesse encontro terá de ser anunciado o vice e a formalização da coligação com os tucanos e os outros partidos aliados. O texto do edital que convoca a convenção já está redigido, incluindo a proposta de coligação com o PSDB.
Como não tem outra opção viável além de Serra, o DEM sabe que não pode ameaçar os tucanos com o abandono da chapa. Em vez disso, sugerem que se perderem a vaga de vice poderão fazer uma espécie de "corpo mole" na campanha.
"Já fizemos todos os gestos a favor da aliança porque queremos ganhar a eleição. E sabemos que José Serra é nosso candidato. Mas para ganhar uma eleição nacional é preciso agregar os aliados de forma coletiva e não de forma individual", disse.
Logo depois do encontro com Guerra, Maia comunicou aos integrantes da Comissão Executiva Nacional do DEM o conteúdo da conversa com Guerra. Disse confiar em que Serra entregará ao partido a vaga e poderá escolher o nome que achar melhor entre os quadros do DEM.
"Eu quero a vaga de vice-presidente e tenho certeza de que ela será do DEM porque em todas as conversas com os dirigentes do PSDB nunca me foi dito que não será. Houve um compromisso lá atrás, que para mim continua valendo. Só acreditaria em outra coisa se o partido fosse informado oficialmente de algo diferente. E isso não aconteceu até agora."
Na prática, porém, o DEM espera ainda por um sinal de Serra. "Se depender da forma como Serra toma suas decisões, pode ser que só decida por isso no dia 30", ironizou Maia. "Mas não estresso com isso porque existe um prazo, que é o dia 30. Se não houvesse, podia ser diferente."
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