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Democratização marca "Dia D da Informática"

Por Agencia Estado
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Os usuários da Estação da Luz, em São Paulo, puderam viajar, neste sábado, de uma maneira diferente: navegando pela Internet ou simplesmente manuseando computadores, vistos de perto, por muitos, pela primeira vez. Organizado pelo Comitê para Democratização da Informática (CDI) e pela Câmara Americana de Comércio de São Paulo, o "Dia D da Informática" está acontecendo simultaneamente em 17 cidades brasileiras, entre 9 e 14 horas, e consiste em uma escola virtual para possibilitar um primeiro contato com a informática a pessoas que nunca tiveram essa oportunidade. Segundo Fernando Nogueira, organizador do evento em São Paulo, o objetivo da iniciativa é chamar a atenção para a necessidade de democratizar o uso do computador, para evitar o risco do "apartheid digital". "Queremos também desmistificar a máquina, que no primeiro momento assusta quem não conhece". Curiosas, mas receosas, as pessoas que passavam pelos dez computados instalados na Estação da Luz, aproximavam-se aos poucos e os que criavam coragem acabavam se maravilhando com o equipamento. "Adorei essa coisa, que faz um monte de brincadeiras e pode ser muito útil também. Mas minha mão treme muito na hora de mexer", disse a diarista Eugênia da Silva Cândido, que se aventurou a desenhar e a fazer contas no computador. Já o estudante Hélio Tadeu Rodrigues ficou sabendo da promoção e foi até a Estação da Luz somente para aprender a lidar melhor com a informática. "Hoje, para ter boa nota em um trabalho escolar, ele precisa ser feito no computador. mas os cursos são muito caros, precisaria ser de graça", declarou. As informações aos interessados eram passadas por voluntários do CDI, uma entidade que vem atuando desde 1995 no combate à exclusão digital. Em seis anos, o CDI ajudou a criar mais de 200 escolas comunitárias de informática e cidadania, que são geridas pela própria comunidade, em parceria com uma associação local. A partir da parceria com a Câmara Americana de Comércio, no ano passado, conseguiu arrecadar 906 computadores, que foram recuperados (quando necessário) e enviados para os comitês regionais da entidade em todo o Brasil. André Gurgel, profissional de informática e um dos voluntários do CDI, tirava fotos digitais dos participantes de dava o disquete com a foto de presente. "Quem sabe um dia, vão pegar o disquete e poder ver a primeira vez na vida que usaram um computador". Link relacionado: CDI-SP (cdisp@amcham.com.br)

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