Denarc prende quatro acusados de ligação com o PCC

O argentino Alexandro Salvador Hamparsomian e a brasileira Solimar Ferreira Nery são acusados de comprar e distribuir drogas a mando da facção criminosa

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Após quatro meses de investigações, policiais do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) prenderam dois acusados de comprar e distribuir drogas a mando de um dos chefes do PCC, que está preso. Agentes do Denarc prenderam o argentino Alexandro Salvador Hamparsomian, de 37 anos, também conhecido como ´Gringo´, na segunda-feira. A prisão aconteceu em frente à Rodoviária de Campo Limpo Paulista, no interior de São Paulo, durante a Operação "Olhos Verdes". Na terça-feira, por volta das 2 horas da manhã, as equipes do Denarc prenderam Solimar Ferreira Nery, de 35 anos, também conhecida como ´Gata´ na Vila Joaniza, na zona sul da capital. Com ela foram apreendidos 150 quilos de cocaína. De acordo com informações do Denarc, todo o esquema de tráfico do PCC, como compra da cocaína e a distribuição nas favelas da zona sul da capital paulista, era comandado por um dos chefes da organização criminosa que cumpre pena em Mirandópolis, a 615 quilômetros da capital paulista. Da cadeia, ele dava ordens para Gringo e Gata através de uma central telefônica clandestina instalada no Jardim Ângela, também na zona sul, que foi descoberta nesta segunda-feira às 4 horas da manhã. Gata era responsável pelo armazenamento de toda droga distribuída em favelas da zona sul. Já a cocaína era comprada pelo argentino, principalmente na Bolívia. Ele era uma espécie de corretor do PCC, pesquisando melhores preços, definindo como a droga entraria no Brasil e fazendo os pagamentos. Segundo os investigadores da 5ª Delegacia da Divisão de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise), as ligações recebidas dos presídios eram redirecionadas pelas telefonistas do PCC. Na casa onde funcionava a central telefônica foram presas a dona de casa Lindinalva Araújo Leite, de 61 anos, e Vanessa Araújo Santos, de 19 anos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.