Denise se contradiz em CPI

Ela nega lobby para transferir carga para Ribeirão

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Por Redação
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A diretora da Anac Denise Abreu negou ontem à CPI do Apagão Aéreo da Câmara que tenha tentado beneficiar o empresário Carlos Ernesto Campos, dono da Terminais Aduaneiros do Brasil (Tead), na transferência de aviões com carga dos Aeroportos de Guarulhos, Congonhas e Viracopos, em Campinas, para Ribeirão Preto. ''''Como eu poderia interceder se não há nem sequer terminal de cargas em Ribeirão Preto?'''', disse a diretora. Apesar disso, dos cinco integrantes da diretoria da Anac, Denise foi a primeira a falar sobre a transferência de vôos para Ribeirão. Em 25 de junho, após reunião no Ministério da Defesa, ela anunciou o projeto: ''''Vamos transformar o aeroporto de Ribeirão Preto em um aeroporto eminentemente cargueiro, de forma que possamos transferir alguns vôos de Guarulhos para Viracopos, e de Congonhas para Guarulhos.'''' A acusação contra a diretora foi feita pelo ex-presidente da Infraero José Carlos Pereira, no início do mês. Ontem, Denise garantiu que não é amiga de Campos. Denise disse aos deputados que sente ''''magoada e, antes de tudo, injustiçada'''' com as suspeitas de que participou de uma estratégia de enviar à Justiça um documento sem valor legal para impedir a interdição do Aeroporto de Congonhas. Ela se comparou ao deputado Alceni Guerra (DEM-PR), acusado de corrupção quando foi ministro da Saúde, de 1990 a 92, e depois inocentado. Pela primeira vez, Denise revelou que lutou contra um câncer, em 2002, e silenciou os deputados ao afirmar: ''''Passei por esta doença com dignidade e é o maior ensinamento que a vida dá.'''' BRUNO TAVARES, LUCIANA NUNES LEAL e MILTON F.DA ROCHA FILHO

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