Denúncia do MP detalha como agiam advogados acusados de ligação com PCC

Segundo o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, entre maio e junho de 2006. advogados agiram juntamente com líderes do PCC

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), grupo de elite do Ministério Público de São Paulo, divulgou nesta sexta-feira, 7, a íntegra da denúncia oferecida contra advogados acusados de ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A denúncia foi recebida pelo juiz da 13ª Vara Criminal da Capital. O juiz decretou a prisão preventiva dos advogados acusados. "A denúncia mostra o quanto esses advogados comandavam as ligações e ações do crime organizado", disse o promotor José Reinaldo Guimarães Carneiro. Também assinam a denúncia os promotores Arthur Pinto de Lemos Júnior, Eder Segura, Roberto Porto, Sandra Reimberg, André Luis Felício e Márcio Kuhne Prado Junior. Segundo o Gaeco, entre maio e junho de 2006, "em operações concatenadas, envolvendo várias cidades do Estado de São Paulo, entre elas São Paulo - Capital, Santos, Presidente Prudente, Presidente Venceslau, Itirapina, Mirandópolis, Getulina e Junqueirópolis", os advogados Valéria Dammous, Libânia Catarina Fernandes Costa e Eduardo Diamante agiram juntamente com os presos Orlando Mota Júnior, conhecido como Macarrão, Cláudio Rolin de Carvalho, o Polaco, e Anderson de Jesus Parro, o Moringa - integrantes da cúpula da facção criminosa denominada Primeiro Comando da Capital - PCC". Segundo o Gaeco, "todos voltados para um fim comum, juntamente com outras pessoas ainda não identificadas, associaram-se em quadrilha para o fim de cometerem crimes diversos, tais como o de tráfico ilícito de substâncias entorpecentes, extorsões, seqüestros, cárceres privados, homicídios, motins, dano ao patrimônio público, entre outros, utilizando-se, para tanto, de armas de fogo".

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