Denúncias de violência contra LGBTs dobram

Discriminação foi a principal reclamação, seguida por violência psicológica, física e negligência

PUBLICIDADE

Por Luísa Martins
Atualização:
As vítimas são, em maioria, homens gays negros e pardos, entre 18 e 30 anos Foto: MARCOS DE PAULA/ESTADÃO

BRASÍLIA - Durante o ano passado, o telefone do Disque 100 tocou 1.983 vezes para relatos de denúncias contra a população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT) - um aumento de 94% em relação a 2014. 

PUBLICIDADE

O número foi divulgado nesta quarta-feira, 27, na apresentação do balanço anual de atendimentos sobre violações de direitos humanos pelo governo.

A discriminação foi a principal reclamação (53%) dos LGBT, seguida por violência psicológica (26%), física (11%) e negligência (2%). Quase metade (47%) dos casos de homofobia e “transfobia” aconteceu em sites de redes sociais. 

As vítimas são, em maioria, homens gays negros e pardos, entre 18 e 30 anos. Para buscar os responsáveis, as denúncias são encaminhadas a órgãos como centros de referência de combate à homofobia, a Defensoria Pública e o Ministério Público. Até o momento, porém, apenas 7,4% dos casos tiveram respostas efetivas, identificando os agressores.

“A maioria ainda está em andamento”, informou a ouvidora nacional de Direitos Humanos, Irina Karla Bacci.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.