PUBLICIDADE

Depoimento da filha de Staheli tem contradição, diz Garotinho

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário de Segurança Pública, Anthony Garotinho, apontou, hoje, uma contradição entre o depoimento informal prestado pela filha de 13 anos de Todd Staheli à polícia e o que ela escreveu em uma carta descoberta ontem na residência da família. Segundo Garotinho, a menina disse que não tem namorado, o que é desmentido por uma carta encontrada na casa. Ela teria deixado um namorado nos Estados Unidos, segundo a correspondência. O depoimento foi na casa de uma ?tia por afinidade?, informou Garotinho, que acompanhou tudo de perto. ?Eu perguntei se ela tinha namorado nos Estados Unidos e ela disse que não, negou. Parece que nas cartas existe alguma coisa em sentido contrário, há informações em sentido diverso?, disse o secretário. O secretário quis saber ainda sobre hábitos da menina. ?Perguntei se ela costumava beber, usar algum tipo de medicamento, porque podia ter havido alguma interação de medicamento com bebida e ela disse que não faz uso nem de bebida nem de remédios.? Ele reafirmou o que já havia sido noticiado. ?Ela disse que não ouviu nada (no dia do crime).? Perguntado se o crime teve caráter profissional ? uma das hipóteses é de que Satheli sofria ameaças no andamento do projeto de implantação do gasoduto Brasil-Bolívia, que coordenava por aqui ? ou pessoal, o secretário hesitou. ?Não existe pré-julgamento. Não podemos prejulgar ninguém. Repito que a única certeza que a polícia tem é de que não foi crime de latrocínio porque todas as jóias estavam lá (na casa).? Garotinho, disse, no início da noite, que policiais estiveram à tarde no escritório da Shell onde Staheli trabalhava, na Barra da Tijuca, zona oeste, para recolher seus computadores para análise pericial. Ele informou ainda que a perícia ?não avançou? na busca por pistas na casa da família e que a polícia ainda está analisando o conteúdo das cartas. O diário da filha mais velha, de 13 anos, também foi recolhido. Garotinho contou ainda que ligou para o consulado americano, oferecendo apoio. ?Para mostar a total transparência do caso e, por se tratar de cidadão americano, gostaria de oferecer (ao consulado) o direito de ter uma pessoa acompanhando o processo.? Os assessores do consulado teriam se comprometido a dar uma resposta até hoje e teriam ficado ?satisfeitos? com o convite, segundo o secretário. Para ler mais sobre o crime na Barra da Tijuca: » Filhos mais velhos de Staheli terão de prestar depoimento » Morte cerebral de Michelle Staheli é ?questão de tempo? » Situação de Michelle Staheli é ?extrema?, diz boletim » Polícia quer impedir que filha de executivo deixe o País » Mercado não acredita em ameaças ao executivo americano » Estado da mulher do executivo choca os parentes » Parentes do casal americano chegam ao Rio » Empresário americano podia estar sendo ameaçado

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.