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Depoimentos não esclarecem assassinato de Toninho

Por Agencia Estado
Atualização:

A polícia confirmou hoje que o Vectra prata abandonado próximo ao local do assassinato do prefeito de Campinas, Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT, é o mesmo flagrado nas imagens capturadas pelas câmeras do shopping, da concessionária e do hipermercado, instaladas ao longo da Avenida Mackenzie, onde ocorreu o crime, na noite do dia 10. O veículo ultrapassou vários carros pela esquerda, na contramão da Avenida Mackenzie, que é de mão dupla e pista única. O delegado seccional Osmar Porcelli enfatizou, porém, que não há confirmação de que os tiros que atingiram o Palio do prefeito, inclusive o que o matou, teriam sido disparados por pessoas que ocupavam o Vectra. Cerca de 20 minutos antes, o carro prata abordou um outro veículo, do mesmo modelo e de cor verde, na Rua Nova Granada, no bairro Chácara da Barra, na tentativa de roubá-lo. O Vectra prata bateu na lateral do automóvel verde, como ficou comprovado na perícia técnica. Os ocupantes apontaram uma arma contra o motorista e pediram que ele entregasse o carro. Assustado, o motorista, cuja identidade é mantida em sigilo, fugiu. Ele depôs hoje na delegacia seccional, mas não conseguiu descrever os ocupantes do Vectra prata, o que frustrou os policiais. "Estavam encapuzados. Eram pelo menos dois, talvez três", comentou. Os assaltantes atiraram três vezes contra o carro verde, mas o proprietário somente percebeu o ocorrido depois de chegar em casa, quando viu os buracos da bala. A polícia informou que elas foram disparadas por uma arma de calibre 45. O prefeito foi morto com um tiro de uma pistola de nove milímetros. "Não podemos descartar que eles tivessem duas armas. Mas eles também podem não ter nada a ver com o crime", comentou Porcelli. Dois seguranças do estacionamento do shopping e a proprietária do Vectra prata também depuseram hoje. Nenhum deles, porém, contribuiu com informações relevantes para as investigações, disse Porcelli. Ele acrescentou que eles apenas ajudaram a preencher algumas lacunas. "Tínhamos expectativas boas para esses depoimentos, mas eles não corresponderam", alegou o advogado criminalista nomeado pela família de Toninho e pela prefeitura, Ralph Tórtima Stettinger. A polícia trabalha ainda com as impressões digitais deixadas no Vectra prata. Segundo Porcelli, elas estão sendo confrontadas pela perícia. O Instituto de Criminalística de São Paulo, onde estão sendo feitas as análises, informou hoje que há quatro fragmentos de impressões digitais sob investigação. Ainda segundo o instituto, até hoje a polícia de Campinas enviou dez digitais de suspeitos para serem confrontadas, mas nenhuma delas bateu.

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