Depredação em São Paulo com greve de ônibus

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Por Agencia Estado
Atualização:

Pelo menos 170 mil moradores da zona leste voltaram a ser prejudicados nesta sexta-feira por uma greve de ônibus. Desta vez, 1.800 funcionários da Viação Cidade Tiradentes e outros 1.800 da América do Sul, ambas integrantes do Consórcio Aricanduva, pararam. Os trabalhadores da primeira cobravam o pagamento de tíquetes-refeição e das férias de 200 empregados. Os da América do Sul reivindicavam uniformes e tíquetes. De acordo com a São Paulo Transporte (SPTrans), os representantes das empresas explicaram que os tíquetes seriam entregues nesta sexta, o que não ocorreu por causa da paralisação iniciada de madrugada. Quanto às férias, segundo os empresários, havia um acordo com o sindicato da categoria prevendo o pagamento na segunda-feira. Trata-se da primeira paralisação desde que terminou o período de intervenção da SPTrans nas duas empresas, em 25 de janeiro. Funcionários dizem que o retorno dos proprietários à direção trouxe de volta os problemas. "Quando era a SPTrans, estava tudo certo", disse o funcionário Iomar Souza. Os grevistas interditaram a Estrada Santo Inácio e parte da Avenida Ragueb Chohfi. Segundo a SPTrans, 25 ônibus foram danificados, dois dos quais incendiados. Os funcionários culparam perueiros. Por volta das 16 horas, a Tropa de Choque da PM dispersou os manifestantes. "Soltaram até bomba de gás lacrimogêneo", afirmou Souza. Enquanto os trabalhadores articulavam a paralisação, os passageiros lotaram os pontos de ônibus e terminais. A balconista Fabiana Raimundo Bernardo enfrentou diversos transtornos para chegar ao trabalho, às 10h15. Ela entra às 6 horas. Fabiana saiu de casa às 4h50, ficou duas horas no ponto e caminhou por duas horas e meia até o Terminal Tiradentes, onde pegou um lotação. Neste sábado, Fabiana voltará a ter problemas, pois a paralisação das empresas deve continuar.

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