16 de abril de 2011 | 00h00
Moreira, que ficou conhecido em 2009 por construir um castelo na cidade de São João Nepomuceno, no interior do Estado, avaliado em mais de R$ 20 milhões, apresentou no fim da tarde de quinta-feira seu pedido de renúncia do cargo, que havia assumido há apenas onze dias, no último dia 4.
A carta de renúncia foi apresentada dois dias depois de vir á tona sua indicação para a direção da empresa de economia mista, que tem como acionista principal o próprio governo estadual, além da Companhia Energética (Cemig) e o Banco de Desenvolvimento (BDMG) de Minas Gerais.
Mal-estar. O episódio causou desgaste ao governo de Antonio Anastasia (PSDB). O nome de Moreira foi referendado pelo conselho da MGI no dia 28 de março. A administração estadual alegou que atendeu a uma indicação do PR, partido que no Estado integra a base de apoio de Anastasia.
Como diretor vice-presidente da empresa, Moreira tinha direito a um salário de R$ 11 mil. O ex-deputado - que também causou polêmica como parlamentar ao defender o fim do Conselho de Ética da Câmara e foi acusado de usar verba indenizatória para contratar empresas de sua família - disputou a eleição de 2010, mas não conseguiu se reeleger. Teve pouco mais de 45 mil votos para deputado federal pelo Estado de Minas Gerais.
A assessoria da Secretaria da Fazenda alegou desconhecer as razões apresentadas por Moreira em sua carta de renúncia. O Conselho de Administração da MGI é presidido pelo secretário Leonardo Colombini, encarregado de convocar a reunião extraordinária. O ex-deputado não foi localizado ontem pela reportagem.
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