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Deputados encontram a PF em situação caótica

Por Agencia Estado
Atualização:

Deputados federais que integram a subcomissão de Segurança Pública da Câmara, que nos últimos dois dias vistoriaram as sedes da Polícia Federal do Rio e de São Paulo, classificaram de caótica a situação que encontraram. Em São Paulo, o prédio novo e moderno contrasta com a falta de equipamentos e de pessoal. No Rio, computadores novos e equipamentos de última geração estão num edifício prestes a ?cair na cabeça dos agentes?, nas palavras da relatora da subcomissão, deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC). Os deputados disseram que todas as emendas orçamentárias para 2004 propostas por eles serão destinadas ao reaparelhamento da Polícia Federal. Na capital paulista, além da falta de equipamentos, os deputados ficaram assustados com o alto índice de terceirização dos serviços na sede da PF: até a segurança do prédio é feita por vigilantes contratados. Os deputados constataram que dos 1.300 funcionários, 408 não eram concursados. No Rio, os deputados reuniram-se com o superintendente da PF, Roberto Precioso. ?Ele tem que administrar uma dívida de R$ 6 milhões com fornecedores de energia, telefonia, e empresas que terceirizam o pessoal. Os funcionários contratados estão sem salário há três meses?, afirmou o deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ). Na sede da PF, na Praça Mauá, o que chamou a atenção dos deputados foi a má conservação do prédio. A fiação está toda à mostra nos corredores, há infiltração nas paredes, o que provocou a queda de um lustre há poucos dias, segundo informaram policiais. ?O prédio está para cair na cabeça dos agentes, tanto que 60% do edifício está desativado?, afirmou Perpétua. No setor de perícia, agentes contaram que não têm capacidade de identificar novas drogas. Ecstasy, por exemplo, tem de ser enviado para Brasília para análise. ?As más condições têm sido cruciais para os agentes?, afirmou o coordenador do Serviço de Saúde e presidente do sindicato, Sebastião Rodrigues Moreira.

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