PUBLICIDADE

Desarticulada quadrilha que desviou R$ 400 mil em pedágio no RS

Esquema funcionava na cidade de Portão e empresa que cuidava da cobrança será substituída

Por Carolina Spillari
Atualização:

SÃO PAULO - Integrantes de um esquema que desviou, de outubro do ano passado a maio deste ano, pelo menos R$ 400 mil, foram afastados nesta quarta-feira, 29, no Rio Grande do Sul. Os 13 servidores trabalhavam em um empresa terceirizada no pedágio comunitário de Portão para o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer).

 

PUBLICIDADE

A Gussil, responsável pela praça de pedágio, será substituída, na próxima sexta-feira, 1º, pela empresa Sinarodo, vencedora do processo de licitação. O Governo do Estado também recadastrará os veículos isentos naquela praça de pedágio.

 

Outras 26 pessoas foram afastadas por crime de peculato e formação de quadrilha e a terceirizada teve os bens bloqueados. O MP ainda ingressou com ação de improbidade contra 25 pessoas. A operação é denominada Operação Passe Livre.

 

Na fraude, os arrecadadores reimprimiam os tíquetes de veículos isentos e os repassavam aos condutores que pagavam a tarifa, conta o promotor Marcelo Tubino Vieira, que coordena o grupo de trabalho no município.

 

De acordo com o MP, o arrecadador simulava operar normalmente no seu terminal, mas aproveitava a operação com veículos de placas diferentes das de Portão (isentos) e reimprimia alguns bilhetes para reutilizá-los. "Não digitavam as placas dos veículos no terminal e ficavam com os comprovantes a mais da mesma operação, de maneira que esses bilhetes funcionavam como uma espécie de coringa para todo e qualquer automóvel que passasse por ali", disse Tubino.

 

Cerca de 130 mil tíquetes foram reimpressos na praça de Portão, disse Tubino. Após recolher o dinheiro, o controlador saía de sua sala localizada na torre e se dirigia até a cabine do arrecadador, contou o promotor. "No final do turno, principalmente, o arrecadador ligava para o controlador, que descia até a cabine e lá mesmo faziam a divisão do dinheiro", acrescentou.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.