PUBLICIDADE

Descarrilamento paralisa ferrovia entre SP e MS

Segundo a ALL, que administra a ferrovia, o trecho deve ser liberado na noite desta quinta-feira ou manhã de sexta

Por Agencia Estado
Atualização:

O tráfego de trens no trecho entre São Paulo e Mato Grosso do Sul pela ferrovia Novoeste está paralisado por causa do descarrilamento de uma composição carregada com 1,8 mil toneladas de farelo de soja, que seriam entregues no Porto de Santos. O acidente aconteceu entre os municípios de Mirandópolis e Guaraçaí, no Noroeste de São Paulo, na manhã de quarta-feira, quando duas locomotivas e oito vagões da composição saíram dos trilhos e tombaram, impedindo o fluxo de trens no local. Por conta do acidente, o fluxo de trens parou entre Andradina (SP) e Campo Grande (MS). Neste trecho passam cerca de 80 vagões por dia, a maioria carregada com soja destinada ao porto de Santos e combustível ao Paraguai. Cada vagão comporta 50 toneladas de soja ou 60 mil litros de óleo diesel. A América Latina Logística (ALL), que assumiu a ferrovia há dois meses, informou que a liberação está prevista para a noite desta quinta-feira ou manhã de sexta. Para evitar atrasos no transporte de cargas entre o Brasil e países do Mercosul, como Paraguai, a ALL reduziu o número de embarques previstos e aumentou o número de composições em alguns trechos. Mesmo assim, vai demorar seis dias para dissolver o volume de vagões que estão tendo de parar por conta do acidente. Manutenção Enquanto isso, as equipes de manutenção de via permanente, mecânica e manutenção trabalham no local para remover os vagões, recuperar o trecho e fazer o transbordo de 400 toneladas de farelo de soja que ficaram nos vagões tombados. A empresa abriu sindicância para apurar as causas do acidente, cujo laudo deverá estar pronto em 30 dias. Mas a ALL descartou a sabotagem como causa do acidente, ao contrário do que aconteceu há três semanas, quando foram registrados dois descarrilamentos, que segundo a empresa, foram causados por sabotadores, supostamente trabalhadores insatisfeitos com a demissão em massa feita no início do mês. A ALL dispensou de uma só vez 1.926 funcionários ou 45% do quadro de 4,3 mil trabalhadores da Novoeste e da Brasil Ferrovias (formada pela Ferroban e Ferronorte), empresas com malha de 6 mil km em São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, adquiridas em 20 de maio por R$ 1,405 bilhão. Segundo a ALL, nos próximos três anos será investido cerca de R$ 1 bilhão na recuperação e manutenção da malha para reduzir os riscos de acidentes.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.