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Descoberto depósito de toca-fitas roubados

Por Agencia Estado
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Eram 22 horas quando seis policiais bateram na loja 1.619 do prédio 106 da Rua Miguel Carlos, no centro de São Paulo. O comerciante André Moreira Néder, de 28 anos, abriu a porta. "Você sabe por que nós estamos aqui, né?", disse um dos investigadores. Acabava de ser descoberto pela polícia um depósito de toca-fitas e CDs roubados ou furtados na cidade. Numa espécie de linha de montagem, eram unidos frente e fundo de aparelhos para que o conjunto fosse embalado e vendido na loja do comerciante na Rua Santa Ifigênia, como seminovo ou vindo do Paraguai. A prisão efetuada pelos policiais da 4ª Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio foi resultado de quase três meses de investigações. Segundo o delegado Marcos Ricardo Parra, cerca de 500 peças estavam na loja. "Em um armário estavam as frentes dos aparelhos, e em outra, os fundos. Como cada parte é roubada ou furtada por ladrões diferentes, o grupo comprava as peças e ali tentava montar os conjuntos completos para vendê-los", disse Parra. Além de André, foram presos seu primo Jefferson Abdalla Neder, de 21, e João Carlos de Jesus, de 46. Dois adolescentes trabalhavam montando os aparelhos. Os presos foram autuados sob as acusações de formação de quadrilha, receptação e corrupção de menor. Policiais do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) apreenderam nesta quarta-feira 13 mil CDs num depósito clandestino no centro da cidade. Só neste ano já foram apreendidos mais de 115 mil unidades na capital. Os policiais e os funcionários da Associação Protetora dos Direitos Intelectuais Fonográficos (APDIF) estiveram na Rua Bittencourt Rodrigues, 268, apartamento 14, no Parque D. Pedro, onde acharam os CDs para serem distribuídos aos ambulantes da região da Rua 25 de Março e na Galeria Pagé.

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