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Detentos da Polinter, no Rio, manteriam páginas no site Orkut

Policiais facilitariam o uso da internet dentro da carceragem da Polinter

Por Agencia Estado
Atualização:

Um dos presos que supostamente mantém uma página no site de relacionamento Orkut recebeu mais de 500 mensagens em menos de três horas nesta quarta-feira, 11. Comunidades também foram criadas para criticar o uso da internet por presos detidos na Polinter de São Gonçalo, no Rio de Janeiro. A maioria das mensagens é irônica, dizendo que os presos ficaram famosos após aparecerem na televisão, e também critica os policiais que facilitaram o uso da internet nas carceragens. A polícia do Rio de Janeiro investiga de que computador os presos conseguem acessar à internet. Segundo informações do Jornal Hoje, da TV Globo, a corregedora da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Ivanete Fernanda de Araújo, pediu uma perícia nos computadores da Polinter com o objetivo de identificar de que máquina dois presos, Rodrigo Neves Torres e Bruno Bottini, mantinham uma página no Orkut. Segundo ela, um dos presos que acessava o Orkut dizia que ia à praia. Além disso, dois policiais são suspeitos de cumplicidade com os detentos: um deles estaria identificado. Rodrigo, um jovem de classe média, foi condenado a 14 anos de prisão em regime fechado por ter participado de um assalto a um ônibus com foliões que iam para uma micareta. Bruno Bottini está detido desde junho de 2005, sob a acusação de envolvimento num roubo no bairro de Marechal Hermes, na zona norte da cidade. Tanto Rodrigo quanto Bruno já prestaram depoimento sobre o caso à Corregedoria de Polícia Civil e negaram ter acesso à internet a partir dos computadores da Polinter. Em sua defesa, eles afirmaram que as fotos foram tiradas por ex-presidiário, que se encarregou de postá-las. As imagens mostram quatro homens fazendo pose de luta, e numa outra, Bruno, prepara um churrasco supostamente na Polinter. Os policiais lotados na Polinter também foram interrogados, e negaram ter dado facilidades para que os presos usassem os computadores da polícia. As primeiras mensagens do site foram postadas em 29 e 30 de novembro do ano passado. O caso chegou à Corregedoria por intermédio de uma denúncia anônima. A carceragem da Polinter está funcionando normalmente.

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