Dia das Mães, sem crise

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Por Agencia Estado
Atualização:

Na hora de escolher o presente do Dia das Mães, não há crise econômica. Pelo menos foi essa a impressão que teve quem andou ontem pelas ruas do Centro de São Paulo ou visitou shoppings. Estacionar o carro era tarefa difícil e definir o que comprar exigia paciência para andar por corredores lotados. Lojas de moda feminina, flores e aparelhos celulares foram as mais requisitadas e, ao contrário do esperado, muita gente se apertou para levar mais do que uma lembrancinha. "Economizar com mãe é muito feio", disse o professor Sérgio de Almeida Perine, de 30 anos, que parcelou em três vezes a blusa nova da mãe. Também fizeram dívida os filhos que optaram por aproveitar as promoções das operadoras de telefonia móvel. De acordo com a superintendente do Shopping Interlagos, Carla Bordan Gomes, as vendas de aparelhos de celular aumentaram não só em lojas especializadas como também em casas de eletrodoméstico. Outro setor movimentado foi o de moda feminina. "Eu prefiro comprar roupa porque é sempre bom ganhar uma nova", explicou o bancário Paulo Véspera, que levou o filho Thiago, de 10 anos para escolher o presente da mãe do menino no Shopping Center Norte. Em meia hora, eles conferiram ofertas e preços e param para discutir o que agradaria mais. "Tá muito cheio, quero ir embora logo", confessou o pai. Para não ter como errar, alguns consumidores levaram a família inteira para as compras. Inclusive a homenageada. É o caso do empresário Paschoal Braga, que passou a manhã com os filhos Larissa e Hugo, gêmeos de 6 anos, e a esposa comprando presentes para a mulher, a mãe e a sogra. "As crianças até escolhem, mas é bom ter certeza de que vamos agradar." No Centro da Cidade, o comércio tradicional fez o que pôde para adaptar a mercadoria a data. Flores - de verdade e de plástico - eram os produtos mais apregoados pelos vendedores. A procura por lembrancinhas também contribuiu para aumentar ainda mais o movimento já saturado na Rua 25 de Março. A dona de casa Marlei de Souza viajou uma hora e meia de ônibus até lá com R$ 15 para "levar um mimo" a 150 mães de uma igreja. "Não achei preços tão baratos quanto eu pensava, mas vou comprar alguma coisinha."

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