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Diálogo de Lula com governadores começa por aliados

Presidente recebe nesta terça Eduardo Campos (PE) e Sérgio Cabral (RJ)

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva dá início nesta terça-feira ao processo de conversação com os governadores eleitos. E o diálogo começa pelos aliados. Para esta tarde estão agendadas reuniões com Eduardo Campos (PSB), de Pernambuco, e Sérgio Cabral (PMDB), do Rio de Janeiro. O Planalto ainda não divulgou agenda para encontro com os governadores da oposição. Na segunda-feira, Lula já havia adiantado que, a partir da semana que vem, vai chamar todos os governadores para um almoço. O presidente afirmou que pretende manter um diálogo amigável com os da oposição. "Os projetos são de interesse do Brasil e não do presidente da República", argumentou. Lula enumerou alguns dos projetos de âmbito nacional que pretende colocar em discussão com os Estados, tais como a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, a educação básica e a reforma política". Sobre outras metas de seu segundo mandato, Lula acrescentou: "Nós decidimos há quatro meses que o segundo mandato seria de desenvolvimento, distribuição de renda e educação de qualidade". Pronunciamento Lula gravaria, por volta do meio-dia, um pronunciamento ao País, a ser divulgado no mesmo dia, mas sem horário definido. Na declaração, Lula deve, entre outras questões, tentar frear as especulações em torno de seu ministério para o segundo mandato. Na segunda-feira, o presidente manteve pulso firme ao falar sobre mudanças nas pastas. Disse não entender as especulações sobre trocas, não garantiu nenhum ministro no cargo e decretou que esta questão é um problema seu. A respeito da permanência de Guido Mantega, foi taxativo: "É meu o ministro da Fazenda até quando eu quiser". Ao reclamar da postura especulativa sobre o tema, Lula comparou os ministérios com a Seleção Brasileira, onde todo mundo quer opinar. E acrescentou: quem escala o ministério é o presidente. Política econômica Na primeira controvérsia após a reeleição, o presidente rebateu a afirmação de Tarso Genro - o ministro das Relações Institucionais sugerira que a "Era Palocci" não havia terminado. "Isso não que dizer nada, porque não teve era Palocci, como não tem era Guido Mantega", afirmou Lula, durante rodada de entrevistas concedidas a TVs, nesta segunda-feira. Após chamar para si a responsabilidade pela política econômica de seus quatro primeiros anos de governo, o presidente adiantou que as metas de inflação serão mantidas. "O que nós vamos é continuar com uma política fiscal responsável, ter meta de inflação e trabalhar para a economia crescer tanto com o setor público quanto com o privado", defendeu.

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