03 de outubro de 2010 | 00h00
Antes de participar da última carreata ao lado de Lula, em São Bernardo do Campo, Dilma fez um balanço do processo eleitoral e disse que "as mentiras sorrateiras do baixo mundo da política" marcaram o pior momento.
"Vocês (jornalistas) permitem que a gente tenha no Brasil uma imprensa que faz críticas, que é múltipla, mas que contribui na medida em que exerce o seu papel. Jamais reclamei de nenhum jornalista ao longo desta campanha e na minha vida. Prefiro as mil vozes críticas da imprensa ao silêncio tumular da ditadura. Quem viveu sabe o preço que se paga numa ditadura", disse a petista, presa no regime militar.
Dilma admitiu o cansaço físico ao fim da campanha. "É muito intensa", disse. "A pior parte são as mentiras sorrateiras. Nesta campanha, em alguns momentos, houve mentiras sorrateiras que saíram lá do fundo, do baixo mundo da política e que não tem, inclusive, a coragem de aparecer a público."
A candidata também reivindicou o direito de fazer críticas à imprensa. "A gente consegue conviver com a crítica, sem nos silenciarmos. É normal que a gente responda, é normal que a gente também faça críticas."
Dilma evitou fazer projeções sobre o resultado das eleições, mas, falou como eleita. "No meu período nós temos um grande desafio que é erradicar a miséria. Tenho atrás de mim todo o legado que me permite dizer que eu vou fazer." Hoje, ela aguarda a apuração em Brasília, com Lula. Dilma negou que o PT já prepare a festa da vitória na capital.
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