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Dilma garante que Exército não assumirá o papel da polícia

O Exército não assumirá o papel da polícia no Rio e voltará aos quartéis assim que recuperar as armas que lhe foram roubadas, informou a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff

Por Agencia Estado
Atualização:

O Exército não assumirá o papel da polícia no Rio e voltará aos quartéis assim que recuperar as armas que lhe foram roubadas, informou nesta terça-feira, 14, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Segundo ela, a União tem, para auxiliar os Estados no combate à criminalidade, a Força Nacional de Segurança Pública, formada por policiais militares de todo o País, mas, para enviá-la, depende legalmente de um pedido de ajuda estadual - que, no caso fluminense, não aconteceu. Ela disse ainda que a administração federal analisa "como fica a situação no Rio" em relação ao setor, mas tem que respeitar a Federação. Já está acertado que a Força atuará no Estado nos Jogos Pan-Americanos de 2007, mas não há nada previsto para sua presença nem antes, nem depois do evento. "Acredito que é necessária uma atitude em relação à segurança pública (no Rio)", disse ela, após participar de painel no Fórum Saúde e Democracia, no Forte de Copacabana, na zona sul da capital. "Agora, temos que respeitar as atribuições que o pacto federativo impõe. E o pacto federativo impõe que a atividade de segurança pública é intrinsecamente dos Estados. Não vemos sentido em desrespeitar esse pacto. O que é atributo da União, podemos responder por ele. Eu não posso responder pelo que é atributo dos Estados." Dilma explicou que a mobilização do Exército aconteceu apenas em conseqüência do assalto ao Estabelecimento Central de Transportes (ECT), no qual perdeu dez fuzis e uma pistola. "E ele (o Exército) não pretende se afastar da busca dessas armas, ele modificou, simplesmente modificou, a sua tática. Estava ocupando a favela e agora está fazendo uma série de atividades, e isso com o maior suporte de todas a área de inteligência da Polícia Federal." Ela afirmou, porém, que "enquanto o fato que gerou a necessidade da entrada do Exército aqui não for solucionado, não há por que recuar." "A segurança pública é um dos grandes problemas que preocupam o governo do presidente Lula", disse a ministra. Ela lembrou ainda que, só para os Jogos Pan-Americanos, o governo federal reservou R$ 300 milhões, para serem usados pela Força Nacional de Segurança Pública que, segundo já está acertado entre Estado e União, patrulhará as ruas durante o evento.

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