27 de agosto de 2010 | 00h00
A petista Dilma Rousseff ultrapassou José Serra (PSDB) em São Paulo e na região Sul, redutos tucanos desde o início da campanha, e abriu 20 pontos de vantagem na corrida presidencial, segundo o instituto Datafolha. Se a eleição fosse realizada hoje, ela venceria no primeiro turno, com 55% dos votos válidos.
Dilma tem 49% das intenções de voto, e Serra, 29%. Em relação à pesquisa anterior do Datafolha, divulgada no sábado, ela oscilou dois pontos porcentuais para cima e ele, um para baixo. Marina Silva, do PV, se manteve com 9%.
Na região Sul. a candidata do PT saiu de um empate técnico para uma vantagem de sete pontos (43% a 36%). No Paraná, ela alcançou 43% das intenções de voto, contra 34% para Serra.
No Rio Grande do Sul, Dilma e o adversário têm 43% e 39%, respectivamente. Eles podem estar empatados, já que a margem de erro no Estado é de três pontos porcentuais para mais ou para menos - na pesquisa nacional, a margem cai para dois pontos.
Em São Paulo, Estado que Serra governou até março, ele tem 36%, cinco pontos a menos que a candidata do PT. No dia 12, liderava por 41% a 34%. Quando deixou o governo, o tucano tinha sua gestão aprovada por 55% dos paulistas, segundo o Datafolha.
Além de se isolar na liderança no Sul, Dilma se manteve na ponta no Nordeste (60% a 21%), no Sudeste (44% a 32%) e no Norte/Centro-Oeste (50% a 29%).
Entre os eleitores que já assistiram a propaganda eleitoral, a vantagem de Dilma é maior (54% a 29%) do que entre os que não a viram (45% a 29%) - uma evidência de quanto a petista se beneficia ao se expor na televisão ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Seis em cada dez entrevistados afirmam que ainda não foram expostos à propaganda eleitoral. Dos que já assistiram aos programas dos candidatos, 54% afirmam que Dilma tem se saído melhor. Outros 26% manifestam preferência pela performance de Serra.
Lulistas. O peso de Lula como cabo eleitoral é expresso na quantidade de simpatizantes que pretendem votar "com certeza" (45%) ou "talvez" (18%) no candidato do presidente. O fato de que Dilma é a pessoa apoiada por ele ainda é ignorado por 15% dos brasileiros - antes do início da propaganda eleitoral, a desinformação sobre essa ligação atingia 24% do eleitorado.
Até entre os eleitores de Serra há quem se declare disposto a seguir "com certeza" a orientação do presidente. Eles são 15% do contingente que, na pesquisa, indica intenção de voto no tucano. Se todos eles passarem para o barco dilmista, Serra perderá quatro pontos porcentuais.
A desinformação sobre a opção de Lula na eleição é maior entre os mais pobres - 21% dos que têm renda familiar de até dois salários mínimos não sabem que ele apoia Dilma. Esse índice é de 5% entre quem ganha cinco salários ou mais.
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