23 de fevereiro de 2011 | 00h00
Dilma mandou o ministro do Esporte, Orlando Silva, dar entrevistas para explicar as acusações, publicadas pelo Estado desde domingo, que revelam esquema de desvio de verba e cobrança de "comissão" por políticos do PC do B. As denúncias atingem vitrines do Ministério do Esporte, como o Programa Segundo Tempo, e foram consideradas graves pelo Planalto.
Em conversas reservadas, os mais próximos de Dilma dizem que o PC do B vive "momento de grande fragilidade" e não pode fazer exigências, sob pena de perder o que tem no governo. A presidente não escondeu a irritação com o deputado Daniel Almeida (PC do B-BA), relator da medida provisória que cria a APO. Depois de ter acertado mudanças na MP com o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), Dilma ouviu Almeida dizer que era "tarde demais" para alterações no texto.
Furioso com a indicação de Meirelles para a APO, o PC do B quer emplacar o ex-deputado Flavio Dino (MA) na Secretaria de Reforma do Judiciário, abrigada no Ministério da Justiça. Mas tanto o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), como a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), vetam a indicação. Por enquanto, Dilma lavará as mãos.
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