Dirceu admite que Exército pode continuar no Rio

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Por Agencia Estado
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O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, admitiu nesta quarta-feira, após almoço com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a hipótese de o governo manter homens das Forças Armadas nas ruas do Rio depois do feriado de carnaval. No início da noite desta quarta, Lula e Dirceu se reuniriam, em Brasília, com os ministros da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e da Defesa, José Viegas, para analisar o pedido feito pela governadora Rosinha Matheus de garantir a presença dos militares por mais 30 dias nas ações de combate à violência. "Temos um compromisso público com a governadora de fazer uma parceria. Entendemos que (a presença das Forças Armadas) não pode ser permanente, mas precisamos de tempo para fazer um plano a médio prazo", disse Dirceu, ao sair do Palácio da Alvorada. Nesta quarta-feira, o Comando Militar do Leste (CML) informou que os 3 mil militares continuariam trabalhando, à espera de uma decisão do governo federal. Lula considerou positiva a ação dos militares no Rio durante o carnaval, apesar da morte do professor de inglês Frederico Branco de Faria, de 56 anos, baleado por soldados do Exército numa blitz em Inhaúma. Segundo Dirceu, esse episódio não fará com que o governo descarte novas ações de emergência com uso das Forças Armadas. Na avaliação do ministro, a morte do professor poderia ter ocorrido se a blitz fosse realizada por policiais civis e militares. "Todos os procedimentos de aviso e alerta foram feitos, todas as medidas, naquele caso, foram tomadas." Veja o especial:

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