PUBLICIDADE

Diretor de presídio em MS é morto a tiros

Foto do author José Maria Tomazela
Por José Maria Tomazela
Atualização:

O diretor do presídio de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, Walter Avelino, de 42 anos, foi assassinado com um tiro no peito, no final da noite de sexta-feira. A cidade fica na fronteira com o Paraguai, a 334 quilômetros de Campo Grande. Pelo menos cinco pessoas estariam envolvidas no assassinato, segundo a Polícia Militar do Estado. Dois homens estavam em uma motocicleta e outros três em um Vectra, veículos com placas brasileiras. Avelino foi abordado quando estava num bar na Vila Áurea, bairro onde morava. Ele conversava com amigos na cozinha, quando os dois ocupantes da moto, uma Twister preta, entraram no bar para comprar cigarros. Um deles teria sido reconhecido pelo diretor, que o chamou pelo nome. O homem caminhou em direção a Avelino e conversava com ele, quando seus acompanhantes entraram atirando. O diretor foi atingido no tórax. Os atiradores fugiram na moto e, segundo testemunhas, tiveram cobertura do Vectra. Mesmo baleado, Avelino chegou a correr, mas caiu em seguida. Levado ao Hospital Regional, não resistiu. A Polícia Civil de Ponta Porã não quis divulgar a identidade do homem que conversou com Avelino no bar, mas confirmou que ele já foi preso por tráfico de drogas e pode ter ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). O autor do disparo, um homem encapuzado, ainda não foi identificado. Avelino dirigia há sete meses o Estabelecimento Penal Ricardo Brandão, em Ponta Porá. Uma equipe de policiais da agência que administra o sistema penitenciário do Estado deslocou-se para a região a fim de auxiliar nas investigações. A Polícia Nacional do Paraguai será acionada, na tentativa de prender os suspeitos, que podem ter atravessado a fronteira - apenas uma avenida divide Ponta Porã da paraguaia Pedro Juan Caballero. Na mesma noite, um foragido do presídio, Wagner Leandro Leite dos Santos, foi encontrado morto com tiros de escopeta na cidade, mas a polícia não vê relação entre os casos. Um possível envolvimento de Avelino em negócios com terras na região não foi confirmado pela Polícia Militar.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.