PUBLICIDADE

Diretor-geral da Aeronáutica é baleado na Perimetral no Rio

Matielli foi alvo de denúncias anônimas sobre fraudes em licitações na saúde

Por Agencia Estado
Atualização:

O diretor-geral de Saúde da Aeronáutica, major-brigadeiro-médico José Elias Matielli, 53 anos, foi baleado na noite desta quarta-feira no centro do Rio de Janeiro. O crime aconteceu por volta das 19 horas, na Avenida Perimetral, sentido Rio-Niterói, na zona portuária, altura da Cidade do Samba, e foi registrado na 1.ª Delegacia Policial. Matielli ia para casa, em um carro oficial da Força Aérea, quando foi atingido de raspão no pescoço e em um dos dedos. Ele foi socorrido por um carro do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) e encaminhado para o Hospital da Base Aérea do Galeão, na Ilha do Governador. O comandante do BPRv, major PM Cláudio Wanderlei, disse que Matielli está lúcido e fora de risco. O motorista do militar contou aos policiais que motoqueiros atacaram o Fiat Marea placa LVA 5746 sem qualquer aviso. Quatro tiros perfuraram o vidro traseiro do carro e dois saíram pelo pára-brisa dianteiro. O caso será investigado pela Polícia Civil e pela Aeronáutica. Para o major Wanderlei é prematuro dizer se foi uma tentativa de assalto ou de execução. Licitações A Diretoria de Saúde da Aeronáutica (Dirsa) é responsável por 26 hospitais, nove odontoclínicas (seis integradas a hospitais), 13 postos médicos e 35 dispensários médicos. No ano passado, Matielli foi alvo de duas denúncias anônimas ao Ministério Público Militar por fraudes em licitações. Nas duas vezes, o caso foi arquivado pela procuradora-geral da Justiça Militar Maria Ester Henriques Tavares, que alegou falta de provas. O primeiro arquivamento ocorreu em 5 de outubro de 2006 e o segundo em 18 de dezembro. De acordo com o Diário Oficial da União de 24 de outubro do ano passado, Matielli o coronel de Intendência Paulo Barbosa Guedes foram acusados anonimamente de "supostas irregularidades em licitações no âmbito do Hospital da Força Aérea do Galeão e Diretoria de Saúde da Aeronáutica". Em seu despacho, a procuradora-geral afirma que "as informações trazidas aos autos não constituem lastro probatório mínimo", mas deixa em aberto a possibilidade de uma investigação ser iniciada caso surjam evidências. No fim do ano passado, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, foi assaltada na Avenida Perimetral. Homens armados renderam os seguranças da juíza e levaram objetos pessoais de Ellen. Desde o início do governo Sérgio Cabral (PMDB), a Perimetral está com o policiamento reforçado.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.