Diretor-geral da PF volta às aulas sobre direção

Motoristas que tiraram carteira antes de 1998 devem fazer aulas

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Por Agencia Estado
Atualização:

Como um estudante qualquer, o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, volta nesta quarta-feira à sala de aula para prestar exames. Ele terá que acertar pelo menos 70% de um total de 30 questões sobre direção defensiva e primeiros socorros para poder renovar sua carteira de motorista, tirada há mais de 30 anos no Rio de Janeiro. A exigência do teste, por ocasião da renovação da carteira, está prevista em resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), baixada em junho de 2005. A medida vale para todos os motoristas que tiraram carteira antes de 1998, quando os conteúdos de direção defensiva e primeiros socorros não constavam dos exames escritos. De recesso no Rio desde o Natal, Lacerda, que deixará o cargo junto com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, aproveitou o tempo livre para estudar o Código de Trânsito Brasileiro e não correr o riscos. "Não estou acima da lei e nunca quis nada diferente do cidadão comum", disse o delegado. Caso não seja aprovado, ele poderá repetir o exame em duas semanas. "Estudei atentamente o conteúdo nos últimos dias", disse Lacerda, preocupado com as costumeiras pegadinhas desse tipo de teste. Pela norma do Contran, os motoristas têm três opções para obter a renovação da carteira. A primeira é fazer um curso de 15 horas numa auto-escola credenciada. Se tiver 100% de presença, o aluno não precisa fazer o teste. Caso opte por fazer o curso a distância, é necessário acertar pelo menos 70% das 30 questões da prova, mesmo percentual exigido de quem opta por estudar sozinho, como foi o caso de Lacerda, com uso de apostila preparada pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Um projeto aprovado no Senado, mas ainda em tramitação na Câmara, prevê o fim dessa exigência. Mas mesmo que seja aprovado, ainda depende de sanção presidencial para entrar em vigor.

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