Diretório não pacifica bancada do PT em São Paulo

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Por Agencia Estado
Atualização:

A decisão tomada no fim de semana pelo Diretório Municipal do PT, de apoiar o projeto do Executivo que muda a composição dos gastos em educação, não diminuiu a resistência à proposta, que divide os 16 representantes do partido na Câmara. Os insatisfeitos temem que o PT feche questão sobre o projeto, o que os obrigaria a apoiá-lo. Parlamentares que pediram anonimato afirmaram que uma decisão unilateral do comando do partido pode ter graves conseqüências. Na gestão Celso Pitta (PSL), vereadores pediram afastamento do cargo para não ter de acatar orientação do PT e aprovar o projeto de Orçamento. Agora, alguns dizem que isso poderia se repetir. Mas, como se trata de uma administração petista, o mal-estar provocado por pedidos de afastamento seria muito maior. A bancada deveria reunir-se nesta terça-feira para debater o resultado do encontro do diretório, que aprovou duas resoluções, uma em favor da proposta e outra determinando que a questão seja discutida. Os vereadores queriam saber do presidente do diretório, Ítalo Cardoso (PT), se havia uma determinação expressa de aprovação do projeto. A reunião foi esvaziada pela ausência de Cardoso. O líder do governo, José Mentor (PT), entende que o partido tomou uma posição clara em favor das alterações pretendidas pelo Executivo. "O encontro apontou uma linha. Há uma decisão partidária, mas não um fechamento de questão." Cardoso, por sua vez, disse que a orientação é para que o tema seja discutido.

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