Dirigente de cooperativa de perueiros é solto

Luiz Carlos Efigênio Pacheco ficou dez dias preso sob acusação de ter financiado tentativa de resgate de um preso do PCC

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Por Agencia Estado
Atualização:

O dirigente da cooperativa de perueiros Cooper Pam, Luiz Carlos Efigênio Pacheco, o Pandora, foi solto nesta quinta-feira, depois de ficar dez dias preso sob acusação de ter financiado com dinheiro das lotações a tentativa de resgate de um preso do PCC da Cadeia Pública de Santo André, em março. Ele nega ligação com o crime organizado. Pandora deixou a prisão com familiares. De acordo com seu advogado, Wagner Faria, foi para casa e não daria entrevistas. Em depoimento à Polícia Civil, Pandora admitiu que o PCC está infiltrado no setor. Disse ainda que foi por determinação do ex-secretário de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto (PT), que a Cooper Pam - que tem 1.380 veículos e opera na zona sul - teve de abrigar integrantes da cooperativa Transmetro, dominada por pessoas ligadas ao PCC. A prisão de Tatto e de outras cinco pessoas foram pedidas nesta semana pela polícia de Santo André. A decisão deve sair na próxima segunda-feira. Segundo a polícia, Tatto assinou autorização para perueiros da extinta cooperativa Transmetro serem incluídos na Cooper Pam - ambas são acusadas de ligação com PCC. Tatto é acusado de prevaricação e formação de quadrilha. Ele nega e diz que as acusações são infundadas e que sua prisão tem motivações políticas. A tendência é de que o inquérito seja desmembrado. A parte sobre crime organizado deve ir para o Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic). Caso isso seja feito, a juíza não apreciará o pedido de prisão de Tatto, que irá para um juiz da Vara Criminal da capital. A outra parte do inquérito, sobre a tentativa de resgate, deve ficar com a polícia.

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