Discurso vazi

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O debate político no segundo turno em capitais como São Paulo e Rio usurpou da crise existencial das artes plásticas a essência do título "Bienal do Vazio". O apelido informal da 28ª Bienal de São Paulo, que abre as portas na véspera das eleições, cai feito luva no blablablá de ataques pessoais que prevaleceu nos embates de domingo, na Band. Não cabe aqui explicar o que os artistas - ô, raça! - queriam dizer ao público, os políticos são muito mais claros em matéria de intenções: Bienal do Vazio eleitoral é isso que acontece a cada dois anos entre candidatos que se acusam e espezinham os feitos do outro, como se a única diferença entre as partes fosse o caráter maligno do oponente. "Vote em mim porque o outro é um..." A política do ódio está no ar. Na internet, a contenda ganha tom de guerra de quadrilhas. O eleitor começa a traduzir em xingamentos o discurso de seus candidatos. Está feia a coisa! Tomara que a arte não reproduza a mesma falta de imaginação em sua Bienal do Vazio. PRIVACIDADE "Tucano, eu?!" Gilberto Kassab, DEM assumido TELHADO DE VIDRO Esse negócio da Marta Suplicy ficar perguntando se o Gilberto Kassab tem filhos, francamente, tá na cara que vai acabar sobrando pro Supla, né, não? O homem invisível João Gilberto passou os últimos 40 dias em Salvador sem que ninguém no Rio desse por sua falta. O mais incrível é que também na Bahia a presença do artista não foi notada. Muchas gracias Lula não pára de surpreender os meios acadêmicos. Recebeu ontem na Espanha o prêmio Don Quixote por seu empenho na difusão da língua espanhola. Como se não bastasse tudo que tem feito pelo português em seus discursos de improviso. Alô, Silvio! Numa tentativa desesperada de ficar bem na foto, Bush mandou chamar às pressas Silvio Berlusconi e a imprensa à Casa Branca. Na véspera, o presidente dos EUA já havia se deixado fotografar ombro a ombro com Guido Mantega. Santa confusão! A crise transformou em estrela mundial o apagado premiê britânico Gordon Brown. Mal comparando, é como se o célebre comissário Gordon, seu xará da polícia de Gotham City, virasse protagonista do próximo filme do Batman. Resultado da lambança Com todo respeito ao americano Paul Krugman, mais justo neste ano seria acumular o Prêmio Nobel de Economia. O vencedor em 2009 levaria - em vez de 10 - 20 milhões de coroas suecas (US$ 2,8 milhões). Era só o que faltava! Paul McCartney sabia que ia acontecer: os Beatles subiram à cabeça de Ringo Starr! O baterista avisou aos fãs em seu site que jogará fora as cartas que receber. Por muito menos, mataram John Lennon.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.