''Disse-lhes a verdade: a perspectiva de encontrar sobreviventes é pequena''

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Por Andrei Netto
Atualização:

A comoção causada na França foi tamanha que às 17 horas o presidente da França, Nicolas Sarkozy, compareceu ao Aeroporto de Paris para conversar com os parentes. Em tom solene, Sarkozy descreveu o encontro com os parentes. "Disse-lhes a verdade: a perspectiva de encontrar sobreviventes é pequena", afirmou. "É uma catástrofe como jamais a Air France conheceu." Antes disso, Sarkozy recebeu um telefonema do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. Eles "trocaram condolências" e coincidiram em sua "preocupação" e "dor", segundo os porta-vozes do governo francês. "Eu não sabia bem o que dizer a Sarkozy e ele não sabia bem o que falar comigo, a não ser um agradecer ao outro", disse Lula. Sarkozy "agradeceu pela rapidez com a qual a Força Aérea Brasileira tomou medidas" para buscar o avião desaparecido e acrescentou que, em momentos difíceis, "não existe outra coisa para fazer a não ser prestar solidariedade". "Não há nenhum elemento concreto sobre o que aconteceu", acrescentou Sarkozy, em Paris, admitindo que se pediu ajuda oficial ao Pentágono. "Pedimos ajuda até aos americanos, para o uso de satélites. Em primeiro lugar, precisamos localizar o lugar onde aconteceu a catástrofe. Depois, será preciso fazer todo o possível para recuperar o máximo de elementos do avião, um Airbus A330, para entender o que aconteceu", disse Sarkozy. Ele admitiu que a busca será "extremamente difícil", porque "a área é imensa, centenas de quilômetros e, claro, este drama aconteceu em plena noite em cima do Atlântico", afirmou o presidente francês, que estava acompanhado de vários ministros.

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