O retrato falado do suspeito de balear e estuprar uma jovem no litoral do Paraná foi divulgado na tarde desta terça-feira, 10. O suspeito é branco, de cabelos e olhos castanhos escuros e tem entre 1,75 metro e 1,85 metro. De acordo com o retrato falado, ele pesa entre 100 kg e 120 kg e teria abordado as vítimas vestido com uma camisa amarela e uma bermuda. O coordenador da força-tarefa que investiga o caso, delegado Luiz Alberto Cartaxo Moura, disse acreditar na identificação do autor do crime. "Prender é sempre mais complicado", ponderou. "Mas tenho certeza de que vou pegá-lo." O rapaz foi morto com um tiro no peito ao tentar defender a jovem de violência sexual. Segundo o delegado, ela recebeu tiros no pulmão, coluna e perna. Segundo nota do Hospital Vita, onde está internada, ela tem quadro geral estável e estado psicológico com boa evolução. Veja também: Jovem baleada e violentada no PR está paraplégica DNA vai ajudar na busca a homem que baleou e estuprou jovem Homem que baleou casal não disse que era guia turístico O perito Jorge Luiz Werzbitski, que elaborou um retrato falado, apresentado na tarde desta terça, acentuou que a jovem foi ouvida por dois dias para a confecção da imagem. Tem aproximadamente 30 anos, sotaque caipira (interiorano) e tom de voz mediano. "Segundo ela (jovem internada), há 90% de semelhança", disse Werzbitski. De acordo com Moura, o retrato é mais um dado no dossiê de investigação, que conta com mais de 500 páginas, e poderá direcionar as denúncias que chegam à polícia. "Temos informações muito boas que acabam fechando com o retrato, não temos a identidade, o endereço, mas conhecemos o comportamento dele, sabemos como age e como fala", acentuou. "Estamos chegando lá, mas não sei quanto tempo vai demorar." Segundo ele, os policiais estão atrás de algumas pessoas do litoral paranaense que têm o perfil apontado pelo retrato, visto que a hipótese mais forte é de que o crime foi cometido por um morador do local. "Por enquanto, não há qualquer suspeita confirmada, mas várias situações sendo investigadas", acrescentou. O delegado disse que a camiseta amarela encontrada no Morro do Boi, onde o casal foi rendido quando passeava em uma trilha, e apontada como pertencente ao suposto criminoso é apenas um dos elementos que a polícia recolheu no local. Mas, segundo ele, quando a fotografia da camiseta foi mostrada à jovem ela ficou em dúvida. Moura destacou que a polícia tem aplicado todas as técnicas e métodos de investigação e realizado todos os exames necessários para elucidar o crime. "Não divulgamos todas as informações porque temos motivos investigativos para isso", afirmou. "Já temos conclusões, mas não devo falar sobre isso." Texto ampliado às 17h51 para acréscimo de informações.