Divulgado retrato falado de quatro seqüestradores de Olivetto

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Divisão Especial Anti-Seqüestro (Dea), da Polícia Civil de São Paulo, apresentou nesta terça-feira o retrato falado de quatro integrantes do grupo que seqüestrou o publicitário Washington Olivetto. Os retratos foram feitos com base no depoimento de um homem contratado pela quadrilha para realizar pequenos serviços na casa da rua Kansas, no Broklin, onde foi montado o cativeiro do publicitário. Os retratos já foram apresentados para outras testemunhas, que confirmaram a semelhança. "Trata-se de dois homens e duas mulheres, todos com sotaque estrangeiro", informou o delegado Wagner Giudice, titular da Dea. Os quatro foram vistos por várias testemunhas, durante o período em que permaneceram na rua Kansas. Giudice acredita que, pelo menos um deles, passou por alguma das outras bases de operação montadas pela quadrilha, e já descobertas pela polícia. "O retrato será apresentado, nos próximos dias, para todos aqueles que tiveram contato com qualquer um dos seqüestradores", disse o delegado. A polícia chilena, a Interpol e a polícia argentina ? país de onde os seqüestradores presos dizem que vieram ? também receberão cópias dos retratos. Até o momento, a polícia já identificou a existência de 12 integrantes do grupo: os seis presos, os quatro do cativeiro e os dois que foram vistos na base montada no apartamento alugado na rua Luiz Góes, na Vila Mariana, descoberto ontem pela polícia. Mais duas bases Nesta terça, os policiais da Dea encontraram mais duas bases utilizadas pelos seqüestradores. Uma delas, um apartamento alugado há três meses no edifício Ilhas do Sul, está localizada na praia Aparecida, em Santos. A outra, fica na rua Santa Madalena, no bairro Bela Vista, em São Paulo. Giudice disse que o número de bases utilizado pela quadrilha está próximo daquele apontado por alguns manuais de seqüestro de grupos terroristas. "Normalmente, apontam a necessidade de seis bases para a realização de uma operação desta envergadura, por várias razões", disse Giudice. "Desde a necessidade de alternativas de fuga, até locais que possam ser utilizados para socorrer feridos no caso de um confronto com a polícia." Porteiro reconheceu A base de Santos foi descoberta depois que o porteiro Alexandre Monteiro Iodis viu as fotos de Norambuena divulgadas nos jornais. Ele costumava ir ao prédio acompanhado de duas mulheres, uma ruiva e outra morena, segundo o porteiro. A base da Bela Vista foi descoberta, segundo Giudice, a partir de investigações sobre dezenas de papéis, anotações e documentos encontrados no cativeiro da rua Kansas, na chácara de Serra Negra (SP) onde os seqüestradores foram presos. "Na base descoberta em Santos foi descoberta uma grande quantidade de papéis e computadores, que vamos analisar nos próximos dias", disse Giudice.

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