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Divulgado retrato falado de suspeito de explodir McDonald´s

Por Agencia Estado
Atualização:

A polícia divulgou nesta sexta-feira o retrato falado do homem que teria colocado a bomba que explodiu na madrugada de quinta-feira na porta da lanchonete McDonald´s, na avenida Rio Branco, no Centro do Rio. O retrato foi confeccionado com a ajuda de uma testemunha. O delegado titular da Delegacia de Repressão às Armas e Explosivos, Carlos Antônio de Oliveira, afirmou que já foram iniciadas diligências para encontrar o suspeito. Segundo o desenho feito pela polícia, o homem, de mais ou menos 1,70m, teria cerca de 20 anos, seria magro, de cor parda clara, teria olhos escuros, cabelos castanhos um pouco anelados e rosto de formato oval. Também foi feito um desenho da mochila preta onde estava o explosivo. Oliveira recebeu no final do dia de hoje o inquérito que foi aberto na 1ª DP. O delegado informou que ainda é cedo para tirar conclusões sobre o fato. "A nossa impressão inicial é que parece ter sido um ato isolado, de uma pessoa que está aproveitando a conjuntura internacional para fazer uma ação desse gênero", disse. Se alguma pessoa for identificada como autora do atentado ela pode ser enquadrada no crime de explosão, previsto no Código Penal, e pegar uma pena de 3 a 6 anos de prisão. O delegado espera um relatório do Esquadrão Anti-Bombas, que vai determinar quais as substâncias utilizadas no artefato. Os peritos já identificaram o explosivo RDX, que é de uso exclusivo das Forças Armadas. Oliveira disse que o esquadrão pediu cinco dias para aprontar o laudo técnico. "Queremos identificar com perfeição todos os explosivos contidos na bomba. É um trabalho meticuloso, que demanda tempo", disse. A bomba foi considerada de alta potência. De acordo com o delegado Marcos Reimão, da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais, além de ser divulgado para a população, o retrato também vai ser apresentado às testemunhas para que elas ajudem a dar mais pistas sobre o autor do atentado. Um levantamento feito recentemente pela polícia demonstra que houve um aumento de denúncia de atentados de bombas. Em 1999 o esquadrão anti-bombas recebeu três chamadas, em 2000 foram 18 e neste ano já foram registradas 40 denúncias. No dia da explosão em frente à porta da lanchonete da cadeia norte-americana, foram dez chamadas.

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