Dois ônibus e uma van são incendiados em São Paulo

Ataques teriam começado devido à tentativa de transferência de presos em Presidente Venceslau, onde estão cerca de 800 detentos do PCC

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Por Agencia Estado
Atualização:

Pelo menos dois ônibus e uma van foram incendiados e uma viatura da PM metralhada na Zona Sul. As primeiras suspeitas são de que a autoria dos crimes seja do grupo Primeiro Comando da Capital (PCC), devido à uma tentativa de transferência de presos de um raio para outro na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, Oeste do Estado, onde estão recolhidos quase 800 detentos da facção criminosa. Segundo o Corpo de Bombeiros, um ônibus foi incendiado às 21h16 na Rua John Audubon, no Parque Bristol. Os outros dois coletivos foram queimados às 22h30 na Praça Cílio Carnelós, no mesmo bairro. Já em frente à Estação Ipiranga da CPTM, uma viatura da 2ª Companhia do 3º Batalhão da Polícia Militar foi atingida por tiros. Nesses quatro ataques, ninguém se feriu. Transferência de presos Às 23h, as polícias Civil e Militar estavam em alerta. Mas a tensão começou pela manhã, na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no Oeste do Estado. Os presos resistiram às mudanças para outros raios, determinada pela direção do presídio, e quebraram os vidros das celas. Homens do Grupo de Intervenção Rápida (GIR) e PMs da muralha responderam com tiros de balas de borracha e de armas de fogo. A tensão começou quando agentes penitenciários, apoiados pelo GIR e policiais militares da Tropa de Choque, realizaram blitz nas celas à procura de drogas, telefones celulares e até armas. As revistas foram feitas sem incidentes. Os policiais militares foram embora. Mas, às 15h, a direção do presídio decidiu mudar um grupo de detentos para outros raios. Os presos resistiram e começaram a quebrar os vidros das celas nos raios 1 e 2. No início da noite, a situação continuava tensa. A energia elétrica e a água foram cortadas. Também havia informações de que a Tropa de Choque tinha sido chamada para entrar na unidade. Fontes do sistema prisional disseram que foram avisadas de que, se os policiais militares entrassem no presídio, haveria outra rebelião em série e uma nova onda de ataques contra as forças de segurança do Estado. Interceptação de ligações Policiais do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) interceptaram ligações de presos comunicando que os atentados iriam recomeçar nesta noite por causa da situação dos presos de Venceslau.

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