Dois pesos e duas medidas

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Por Redação
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Carta 19.404 Comprei há mais de um mês ingressos para o show do Roupa Nova do dia 7/12 (carta de 11/12). Antes, telefonei para o Credicard Hall, local do show, para saber se minha filha de 10 anos poderia entrar (idade mínima de 14 anos) e disseram que, se ela estivesse com os pais, entraria. Ao comprar ingressos no posto de venda Ticketmaster do Shopping Eldorado a informação foi confirmada, mas no dia do show a menina foi barrada. O funcionário, grosseiro, disse que o máximo que podia fazer era devolver o dinheiro. Expliquei que verificara antes, mas ele respondeu que a casa não se responsabiliza pela venda de ingressos pela Ticketmaster. Havia duas mães na mesma situação, vindas de Ribeirão Preto e de Salvador para ver o show. Quem são essas autoridades que proíbem uma criança, acompanhada da mãe, de assistir a um show familiar como o Roupa Nova, mas permitem que na porta uma criança bem pequena venda balas, sozinha na rua? Estou farta dos dois pesos e duas medidas deste País. CARLA SENA Capital A Ticketmaster responde: "Trabalhamos para que as informações sobre compra de ingressos e acesso ao espetáculo sejam passadas aos clientes com clareza. Seguimos rigorosamente as regras dos órgãos competentes, que definem a classificação etária para eventos culturais. Com ref. ao show mencionado, o acesso foi permitido para crianças a partir de 14 anos, conforme as informações nos canais de comunicação, inclusive ingresso. Encaminhamos a queixa à área responsável, para poder identificar oportunidades de melhoria." Carta 19.405 Foi no estacionamento? Em 4/12, fui com minha família à Pizzaria Speranza, Moema. Tenho um Honda Civic 2007 e o deixei no Valet Parking, serviço de cortesia da casa. Olho sempre o estado do carro antes de entregá-lo ao manobrista e verifico-o quando volto, e, à saída, vi que a pintura do carro estava ralada atrás, na parte inferior do lado direito. Chamei o manobrista e d. Elisângela, responsável no local, disse que os manobristas negaram ter sido um deles, e que seria ?muito difícil o dano ter ocorrido lá?. Ela disse que veria a fita do circuito interno e me responderia no dia seguinte. Argumentei que o sistema de câmeras não pegaria um arranhão na parte de baixo do carro e ela respondeu que ?a palavra dos funcionários vale mais do que a dos clientes?. Pedi para assistir ao vídeo, mas ela negou. Esperei um retorno até 19 hs do dia 5 e liguei para a pizzaria, onde informaram que d. Elisângela ainda não chegara. Ela retornou às 20 hs, dizendo não ter encontrado nenhuma evidência de que o dano ocorrera no local. Pedi de novo para ver a fita mas ela disse que isso ?é confidencial? e que, nos 30 anos em que a pizzaria existe, sempre arcou com suas responsabilidades. Para mim, não mostrar a fita significa que não querem assumir a responsabilidade, ou que nem existe um circuito fechado. Tenho 44 anos, minha conduta sempre foi de respeito às normas - portanto, minha palavra e histórico de vida não valem menos do que os da Pizzaria Speranza. que em nenhum momento cogitou da possibilidade de o cliente ter razão. Insisto em que me mostrem o vídeo que, segundo eles, prova que o carro não foi danificado no estacionamento. JAYRO ORTIZ GOMES de OLIVEIRA FILHO Moema A Pizzaria Speranza responde: "Somos um dos estabelecimentos mais tradicionais e respeitados de São Paulo e completaremos 50 anos de fundação em 2008. O fato de o estacionamento da unidade de Moema (que existe há 30 anos) ser gratuito e ter seguro não diminui a nossa responsabilidade com os carros dos nossos clientes, pois nunca deixamos de assumir qualquer responsabilidade ref. ao reparo dos veículos que, em raríssimas vezes, tenham sofrido algum tipo de dano causado pelos nossos funcionários. No caso do sr. Jayro, no entanto, tentamos esclarecer que, pelo tipo de dano observado em seu veículo, seria fisicamente impossível ter ocorrido em nosso estabelecimento, por estar na parte traseira e inferior do carro. Em nossa garagem ou na rampa não existem obstáculos, saliências ou desníveis pronunciados que possam causar esse dano. Em nenhum momento duvidamos da palavra do sr. Jayro, tendo apenas tentado esclarecer os fatos. Temos a total convicção de que ele chegou ao nosso estabelecimento já com esse problema, do qual não havia tomado conhecimento, por estar o dano localizado na parte traseira e inferior do carro. Sentimos pelo ocorrido e pedimos as nossas sinceras desculpas por qualquer tratamento recebido - mas, definitivamente, o dano não foi causado em nossas instalações." Correspondência para São Paulo Reclama: e-mails para spreclama.estado@grupoestado.com.br; cartas para Av. Eng.º Caetano Álvares, 55, 6.º, CEP 02598-900 ou fax 3856-2929, com nome, end., RG e tel., a/c de CECILIA THOMPSON, podendo ser resumidas a critério do jornal. Cartas sem esses dados não serão consideradas. As respostas não publicadas serão enviadas pelo correio.

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