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Dois policiais da UPP são baleados na favela da Rocinha, no Rio

Houve um confronto com grupo armado com pistolas após policiais tentarem encerrar um baile funk de madrugada

Por Vinicius Neder
Atualização:

RIO - Dois policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Polícia Militar (PM) na Rocinha, na zona sul do Rio, foram baleados na madrugada desta terça-feira, em confronto com um grupo armado. O clima ficou tenso na Rocinha até o dia amanhecer. Por volta de 5h, um protesto de moradores fechou a Autoestrada Lagoa-Barra, em São Conrado, na saída do Túnel Zuzu Angel. Os manifestantes colocaram fogo em lixo e teriam jogado pedras em carros que passavam pelo local.

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Os policiais foram socorridos e passam bem, segundo a Coordenadoria de Polícia Pacificadora. Um deles foi atingido no braço, de raspão, e liberado após ser atendido. Já o outro policial ferido foi atingido no abdome, teve que ser levado ao Hospital Central da Polícia Militar, mas tem estado de saúde estável.

O confronto ocorreu na Estrada da Gávea, esquina com a Rua da Cachopa, na localidade da Rocinha conhecida como Macega. Segundo a assessoria de imprensa da PM, uma equipe da UPP circulava pela área quando se defrontou com um grupo de seis a oito homens armados de pistolas, dando início ao tiroteio, por volta de 4h.

Em seguida, um homem atirou num transformador de luz, deixando parte das casas da Rocinha sem energia elétrica. Alguns estabelecimentos comerciais também foram depredados, ainda segundo a PM.

O jornal comunitário Rocinha Notícias publicou em sua página no Facebook que policiais da UPP encerraram um baile funk na Via Ápia, principal rua da Rocinha, na parte baixa da comunidade, mas a PM descartou relação entre o caso e o protesto da madrugada.

Segundo a assessoria de imprensa da Coordenadoria de Polícia Pacificadora, policiais intervieram para encerrar o baile funk por volta de 3h. A ação contra a festa seguiu-se a reclamações, por telefone, de moradores da Rocinha, incomodados com o barulho. O baile havia sido autorizado pela UPP, mas o horário máximo de tolerância era 1h.

Para conter a manifestação, os policiais da Rocinha receberam reforço de agentes de outras UPPs da zona sul e do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq). Os manifestantes foram dispersados com bombas de efeito moral e a via foi liberada.

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Policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) também foram acionados. Até o fim da manhã, ninguém havia sido preso e a PM seguia fazendo buscas na Rocinha para encontrar o grupo armado.

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