Dona não reconhece 'Pinpoo' e retoma busca pelo cão perdido no RS

Aposentada perdeu seu animal de estimação quando ele foi extraviado pela transportadora Gollog, que cuidaria do transporte do animal de Porto Alegre para Vitória (ES)

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Por Elder Ogliari
Atualização:

PORTO ALEGRE - A aposentada Nair Flores, de 64 anos, não retirou o cão que lhe foi apresentado como Pinpoo, seu animal de estimação, da clínica na qual o animal foi internado pela Gollog na zona norte de Porto Alegre. Ela optou por não ficar com o cachorro porque está convicta que ele não é o bicho extraviado pela transportadora no dia 2 de março.

 

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"Assinar o termo de recebimento seria reconhecer que o cão é o Pinpoo e isentaria a empresa da responsabilidade pela perda do meu animal de estimação", justificou Nair, nesta quarta-feira. Mesmo que esteja impedida por uma torção de tornozelo de sair às ruas para colar cartazes, a aposentada anunciou que vai retomar as buscas do jeito que for possível, com ajuda de pessoas que gostam de animais.

 

A angústia da aposentada começou no dia 2 de março, quando ela foi informada que o cão que havia despachado de Porto Alegre para Vitória (ES) não chegaria ao seu destino porque teria fugido da gaiola no pátio do aeroporto. De volta à capital gaúcha, ela passou a procurá-lo nos arredores do Salgado Filho.

 

Na segunda-feira, um cachorro quase igual a Pinpoo foi mostrado à aposentada no aeroporto e encaminhado pela Gollog a uma clínica para tratamento e banho. Na noite de terça-feira, ao visitar o bicho, Nair percebeu que ele era diferente do que estava extraviado, por ter pelo mais claro e não reagir com alegria à presença dela.

 

Diante do impasse, o suposto Pinpoo ficou internado à espera de uma decisão da Gollog. Um exame de DNA, oferecido pela empresa e também por um programa de televisão, pode esclarecer se o animal é o que foi extraviado ou não. Se for, o caso será encerrado. Se não for, como acredita a aposentada, o animal, que está sob responsabilidade da companhia aérea, será encaminhado à adoção. A assessoria de imprensa da Gollog informou também que a empresa considera o caso "atípico" porque já transportou mais de cem mil animais sem ter qualquer problema semelhante.

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