Duas rebeliões ainda persistem em São Paulo

Desde segunda-feira presos de cinco penitenciárias se rebelaram

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os Centros de Detenção Provisória (CDPs) de Mogi das Cruzes e de Mauá continuam amotinados. Às 10 horas desta terça-feira, presos do CDP de Mogi das Cruzes iniciaram uma rebelião, fazendo 11 reféns. Segundo o Corpo de Bombeiros, uma pessoa foi esfaqueada e socorrida. A prisão tem capacidade para 768 detentos, mas abriga atualmente 1.177. No CDP de Mauá, prisioneiros amotinados fazem seis reféns. A rebelião começou por volta das 11h45 desta terça. Não há informações sobre feridos. Nos últimos dois dias, uma onda de rebeliões varreu presídios no Estado de São Paulo. Além dos dois motins ainda não resolvidos, outros três ocorreram, todos sem mortos. Veja abaixo quais foram e como ocorreram: Iperó Presos iniciaram, às 10h30 de segunda-feira, uma rebelião na Penitenciária Estadual Odon Ramos Maranhão, em Iperó, região de Sorocaba. Os amotinados, que reclamavam de maus tratos, opressão, não concessão de benefícios legais e do excesso de lotação, mantiveram 22 agentes penitenciários como reféns. Após 7 horas de negociações, a tropa de choque invadiu o local utilizando bombas de efeito moral para dispersar os detentos. Pelo menos 22 pessoas - 15 presos e 7 agentes - ficaram feridas. Com capacidade para 852 reclusos, a prisão mantém 1.200. Franco da Rocha Às 19h30 de segunda-feira, cerca de mil detentos iniciaram uma rebelião no CDP de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, e fizeram dezessete agentes penitenciários reféns. Durante a manhã desta terça, um agente penitenciário e um interno feridos foram soltos. Por volta das 13h30, a tropa de choque invadiu o CDP e controlou o motim. O presídio, que tem capacidade para 864 detentos, abriga 1.192. Caiuá Por volta das 11 horas desta terça-feira, os detentos do CDP de Caiuá, na região de Presidente Prudente, iniciaram um motim. Os presos mantiveram três pessoas reféns - um funcionário e dois prisioneiros. Durante a rebelião, dois detentos se fingiram de mortos e foram amarrados em colchões que os rebelados ameaçavam incendiar, caso suas exigências não fossem atendidas. Por volta das 16 horas, a rebelião terminou.

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